O São José é o representante da menor cidade do Vale do Taquari nos torneios de futebol na região. Com pouco mais de 1,2 mil habitantes, Coqueiro Baixo vive esportes.
Fundado em 1962 quando pertencia ainda a Arroio do Meio, o São José foi conquistar o primeiro título em 1965 – o municipal de Arroio do Meio. Depois em 1968 conquistou o municipal de Nova Bréscia, o feito foi repetido em 1998.
Desde 2001, quando Coqueiro Baixo deixou de ser distrito para ser município, nunca mais saiu campeonato municipal de campo. A partir desse século, o São José passou a jogar campeonatos pela região. Foi campeão da Copa Vale do Forqueta na categoria aspirante, a Copa Diamaju e também a Taça RBS de Futsal. “Como representamos a cidade, toda vez que a gente joga montamos times competitivos para poder brigar de frente com os clubes grandes”, conta o diretor Luciano Conte.
Qual a importância para a cidade?
Luciano Conte – Com certeza é um clube com importância grande. Quando era criança, minha mãe era torcedora do São José e aquilo foi passando. Assim acontece com todas as famílias, a paixão pelo São José vai passando de geração para geração. Hoje em dia fazer futebol amador é difícil, principalmente em cidade pequena, onde não se tem muito recurso e muitos sócios. Não temos associação, pois a parte cultural é separado da esportiva. Em outros lugares é tudo junto, e aqui é separado e dificulta nosso trabalho. Cada entidade tem uma diretoria, então tu depende de ajuda da Administração Municipal ou de algum torneio que você faz, algum evento para manter o clube ativo.
Como fazer futebol em uma das menores cidades do vale?
Conte – É difícil. Temos um grupo de pessoas, que também é pequeno. Tem a diretoria da sociedade, do São José, e da parte cultural, o ciclo é o mesmo. A gente era presidente, vira diretor e depois tesoureiro. O povo é acostumado a ter um time competitivo, tem que se virar nos 30 para se manter. A gente participa de várias competições. Em 2007 participamos do Campeonato Gaúcho amador de futsal. Fomos campeão. Ganhamos da AGV em Getúlio Vargas e na mesma época jogávamos o Regional Aslivata. No mesmo fim de semana a gente foi com uma equipe jogar lá em Getúlio Vargas a final e no domingo fomos jogar lá em Boqueirão do Leão onde jogamos a semifinal da Copa Vale do Forqueta. Tivemos que dividir e deu certo. É satisfação grande poder levar o esporte amador para a comunidade.
Quais as projeções para 2020?
Conte – Estamos jogando a Copa Pituca com o time de veterano. Ano passado fomos vice e esse ano estamos disputando de novo, até o momento somos líderes. Agora não tivemos contato sobre a Copa Diamaju, acredito que ela nem vá sair, até porque o momento não é favorável para a realização dela. Mas assim, o clube é nisso. Primeiro semestre Copa Integração e segundo semestre Copa Diamaju. Pessoal da Aslivata nos procurou para voltar, mas optamos ficar por aqui até pela distância e estamos muito bem aqui. Então fica difícil voltarmos a disputar o Regional. É um torneio que sempre gostamos de jogar, mas neste momento o planejamento é esse que estamos seguindo.
O que precisa ser feito para voltar a disputar o regional?
Conte – Nem saberia te dizer. Quando tu fica anos sem jogar, tu perde o vínculo. Esse vínculo maior agora temos com os clubes da região alta. Talvez um dia voltamos, pois é uma competição de expressão a nível estadual, talvez de repente, um dia a gente volte.
Ficha técnica
Clube: Esporte Clube São José
Localizado: Centro, Coqueiro Baixo
Fundação: 1962
Principais títulos: Municipal de Arroio do Meio, bicampeão municipal de Nova Bréscia, Copa Vale do Forqueta na categoria aspirante e Copa Diamaju
