Embora tenha registrado aumento no risco de contaminação da covid-19, o Vale do Taquari deve se manter na bandeira laranja na nova rodada de classificação do Distanciamento Controlado do RS. Às 18h de hoje, o governo estadual divulgará a rodagem de bandeiras para a semana que vem.
Analisando os dados sobre pacientes com a doença e capacidade hospitalar da região, o diretor do Hospital Bruno Born (HBB), Cristiano Dickel destaca que, por pouco, o Vale não deverá ser rebaixado novamente à bandeira vermelha.
Na macrorregião que envolve o Vale do Taquari e Rio Pardo, números de pacientes confirmados e suspeitos (29 para 34), pacientes clínicos (14 para 15) e pacientes na UTI (15 para 21) aumentaram da terceira para a quarta semana de junho.
Na região do Vale do Taquari, Dickel destaca que os óbitos aumentaram passando de 2 para 7 neste período.
Entre os dados positivos, o Vale do Taquari finalizou a semana passada com mais leitos de UTI disponíveis (30 para 29). Na macrorregião também foram registrados mais leitos (55 para 52), isso há nove pacientes que são de outras áreas do estado.
Dickel destaca ainda que o avanço da pandemia muda o cálculo de risco feito pelo Estado e pode prejudicar a região. Às 17h30min de ontem, havia 661 leitos de UTI livres no RS e 417 pacientes internados.
Ampliação dos cuidados
Para Dickel, a piora nos dados coloca o Vale em alerta e reforça ainda mais a necessidade de manter o distanciamento. “O apelo do governador por cuidados nos próximos 15 dias é extremamente importante”, acrescentou ao citar live feita por Eduardo Leite na quinta-feira, onde ele pede para a população, se possível, ficar em casa.
Dickel também apresentou dados que comprovam aumento de casos sem o cuidado com o distanciamento. Conforme ele, nos dias 20 e 21 de junho foram registrados aglomerações em Lajeado. Três dias depois, os atendimentos na UPA de pessoas com sintomas gripais aumentou de 6% para 9%. Mais dois dias depois, foi sentido aumento de internados no HBB.
“Precisamos manter o distanciamento, pois os número mostram que quando ocorre aglomeração, os casos aumentam”, reforça.
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