Empresários pedem maior atenção ao setor de eventos

Lei Aldir Blanc

Empresários pedem maior atenção ao setor de eventos

Grupo organiza abaixo assinado e solicita, entre outras demandas, inclusão no sistema de bandeiras regionais do governo do estado. No Vale, cerca de 10 mil pessoas atuam direta ou indiretamente no ramo

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Empresários pedem maior atenção ao setor de eventos
Foto ilustrativa: Arquivo A Hora
Vale do Taquari

Um dos últimos setores a retornar à normalidade após a pandemia, sem dúvidas, será o de eventos. Contudo, como não há perspectivas de quando isso ocorrerá, quem depende da atividade para sobreviver vive dias de incerteza. Casos de quem trabalha diretamente com a realização de festas na região.

Gerente de uma casa noturna de Lajeado, Cássio Bonfandini entende que o momento não é propício para a realização de eventos. Porém, se preocupa com o “esquecimento”. Ele é um dos empresários do setor que está se mobilizando para buscar uma forma de auxiliar quem atua no ramo.

“Não é só a produção, mas também o decorador, a cerimonialista, os floristas. É um ramo gigante. Mas, até agora, não há nada em prol da gente, bem pelo contrário. Nos decretos, fomos esquecidos.

Nossa intenção não é abrir amanhã ou mês que vem. Temos ciência de que é uma doença mundial”, salienta Bonfandini, ressaltando que o setor representa 25 milhões de trabalhadores no país, movimentando, anualmente, R$ 936 bilhões.

Um abaixo assinado online está sendo organizado na região, contando com quase 4 mil assinaturas, com o objetivo de dar visibilidade para as demandas do setor. “Não só no Vale, mas estamos buscando apoio em todo o estado. Mas cerca de 80% das pessoas que aderiram são da região. Vimos que não há resposta alguma para o nosso setor e nós precisamos também de um auxílio financeiro”, ressalta Bonfandini.

Inclusão no sistema de bandeiras

Uma das reivindicações que constam no abaixo assinado é a inclusão da política de enquadramento do setor de eventos em bandeiras regionais de restrições da Covid-19, que abrangem diversas áreas atualmente.

“Nós não queremos abrir amanhã. Nossa ética diz que só abriremos quando tudo estiver normalizado. Mas o governo poderia nos incluir nesse sistema. Hoje, não temos um norte. Nós nunca mais fomos vistos”, comenta.

O grupo também busca ajuda de custo conforme declaração de faturamento, isenção total ou parcial de tributos e linha de crédito para o setor.

Conforme dados que constam no abaixo assinado virtual, somente no Vale do Taquari são cerca de 10 mil pessoas que necessitam direta ou indiretamente deste trabalho.

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