Solução urgente

Editorial

Solução urgente

A escassez de medicamentos básicos hospitalares para cirurgias eletivas e internações de tratamento intensivo é um problema a ser resolvido com urgência pelos órgãos responsáveis

Solução urgente
Vale do Taquari
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A escassez de medicamentos básicos hospitalares para cirurgias eletivas e internações de tratamento intensivo é um problema a ser resolvido com urgência pelos órgãos responsáveis.

Na semana passada, pelo menos três instituições importantes do Vale do Taquari comunicaram o baixo estoque para sedativos e analgésicos necessários para internar pacientes em UTI. A situação é enfrentada em diversas localidades do país.

No Rio Grande do Sul, o tema preocupa a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Estado e a Famurs. Segundo as entidades, nos últimos três meses o uso de sedativos já equivale ao total utilizado em todo o ano de 2019 devido à emergência em saúde provocada pela pandemia.

Ontem, hospitais importantes do estado já anunciaram a suspensão de cirurgias eletivas devido ao esgotamento dos remédios. Entre eles está o Hospital Leonilda Brunet, de Ilópolis.

A informação da Secretaria Estadual de Saúde é de que a compra desses medicamentos é de responsabilidade das próprias casas junto aos fabricantes e distribuidores. Contudo, o que se percebe é a indisponibilidade desses produtos no mercado. Segundo a pasta, o Ministério da Saúde teria se comprometido em fazer uma licitação para suprir a carência de forma emergencial.

O Ministério da Saúde, por sua vez, publicou nota para afirmar que trata o assunto junto com laboratórios e entidades para identificar a origem do problema.

A situação é grave e exige uma resposta rápida do poder público. Se a disponibilidade de vagas em hospitais era um dos principais fatores de apreensão no contexto do coronavírus, a falta de medicamentos surge como mais um agravante capaz de reduzir a oferta já limitada de leitos de internação a pacientes que precisam de respiradores mecânicos.

Preocupa, contudo, a ausência de uma liderança em nível nacional para o enfrentamento de questões como essa. Em plena pandemia, o Ministério da Saúde segue sem titular e permanece incapaz de unificar a estratégia nacional de combate à maior crise sanitária dos últimos cem anos.

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