Para o Promotor de Justiça, a região ainda está longe do normal

Pandemia

Para o Promotor de Justiça, a região ainda está longe do normal

Sérgio Diefenbach diz que termos como pós-pandemia e segunda onda devem ser evitados, pois a pandemia ainda está acontecendo

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Para o Promotor de Justiça, a região ainda está longe do normal
Promotor de Justiça, Sérgio Diefenbach participou do programa A Hora Bom Dia, nesta quarta-feira. Créditos: Laura Mallmann
Lajeado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

O programa A Hora Bom Dia, da Rádio A Hora 102.9, entrevistou o Promotor de Justiça, Sérgio Diefenbach, referente ao cenário atual de calmaria na onda de contágios pelo covid-19 enfrentada por Lajeado. O promotor também analisou a cooperação da população referente ao cumprimento do isolamento social.

Conforme o promotor, a região vive uma situação de calmaria. “Porém, não vivemos em uma ilha e nos conectamos com diversas regiões que estão com um cenário agravado”, reforça. Para ele, deve-se evitar os termos pós-pandemia e segunda onda, pois ainda não passou. “Estaremos perto do normal quando a classe A puder viajar para Miami, quando poderemos ver Inter e Grêmio nos estádios, o dia que não morrer gente em escala. Ainda estamos longe do normal”, explica.

O Ministério Público segue acompanhando e observando a atuação de bares e restaurantes. “Infelizmente alguns estabelecimentos ignoram a fiscalização e atuam como se não estivessem na pandemia. Todos sabem que não pode haver aglomeração e isso já está acontecendo. Quando a multa é insuficiente para respeitarem o decreto, o Ministério Público precisa entrar com uma ação mais grave para restabelecer a ordem”, reforça.

Segundo ele, comportamentos individuais geram comportamentos coletivos. “Se eu vejo uma roda de chimarrão na rótula da Univates, a tendência é que eu também vá participar de uma roda de chimarrão. Se meu filho vê uma criança andando de bicicleta no parque, como vou explicar para ele que não pode fazer o mesmo”, exemplifica.

O promotor diz que por conta destes comportamentos muitas vezes é necessário fechar espaços públicos para que as pessoas respeitem. “Há um movimento entre promotores para que a Brigada Militar atue também na fiscalização de pessoas. Hoje, eles cumprem o protocolo de segurança pública, que é o seu dever”, relata.

Frigoríficos

Conforme Diefenbach, Lajeado enfrentou por primeiro a onda de contágio em frigoríficos. E, mesmo assim, os abatedouros são e sempre serão uma preocupação, explica. “É pelo que o ambiente oferece: um grande número de pessoas juntas trabalhando em um espaço confinado, em temperaturas baixas e em distância muito pequena”.

Por conta das condições, os frigoríficos seguem com atenção do MP. Segundo o promotor, não se descarta um novo surto nestes estabelecimentos.

Transporte coletivo

O MP também já esteve em audiência com a nova empresa que administra o transporte coletivo de Lajeado. “Passamos orientações para a empresa sobre os direitos do usuário, acessibilidade e normas restritivas do vírus”, esclarece.

Conforme Diefenbach, o MP recebeu denúncias de linhas superlotadas no período de pandemia. “Orientações neste sentido também foram repassadas para a empresa observar. Os ônibus também são pontos de possíveis contágios”, reforça.

Confira a entrevista na íntegra:

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