O comércio aos domingos

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

O comércio aos domingos

Por

Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A bancada do PSDB vai aguardar alguns dias a mais para apresentar o projeto que cria a “Lei de Liberdade Econômica” em Lajeado. Entre as mudanças propostas está a autorização do trabalho aos domingos no comércio local. Este é o tema que deve gerar os maiores embates entre os poderes Legislativo e Executivo, juntamente com os sindicatos. Da mesma forma, este debate pode ter reflexos diretos no pleito municipal. Positivos e negativos. E isso deve balizar a decisão de muitos agentes públicos.

O texto da proposta está praticamente pronto. Porém, o documento passará por análise de entidades empresariais e vereadores antes de ser protocolado na Câmara. O fato é que Lajeado é uma das poucas cidades no Estado a impor o fechamento do comércio aos domingos – é liberado apenas em seis datas festivas. A normativa atrapalha a geração de empregos e renda, e atrasa nossa região na briga com outros polos comerciais. Ao mesmo tempo, garante um mínimo de descanso ao trabalhador. É uma gangorra complexa em um ano eleitoral.

Muito por isso a questão maior deve ser mesmo o pleito municipal. Muitos temem a imprevisibilidade do eleitor. E há razões para tal. Em fevereiro de 2018, quando uma mesma proposta foi encaminhada pelo Executivo à Câmara, a Oposição demonstrou pouca disposição em aprovar essa quase irremediável mudança. Da mesma forma, sindicalistas trataram de incendiar os brios de comerciários e familiares, que lotaram o plenário do Legislativo para protestar contra a matéria. No fim, o Governo pediu a retirada daquele projeto.

A questão maior deve ser o pleito municipal. Muitos temem a imprevisibilidade do eleitor”

Desta vez, a pandemia vai contribuir com o debate. Por um lado, uma mudança agora pode parecer precipitada. Afinal, parte do comércio segue atuando com número reduzido de funcionários e clientes. Por outro lado, muitos passaram a perceber – com as novas relações trabalhistas, trabalhos remotos e a possibilidade de incrementar renda aos lares – que a labuta em alguns finais de semana, desde que respeitados todos direitos e as justas compensações aos trabalhadores, não é um bicho de sete cabeças.


Cestas básicas

Em Lajeado, o assunto “cestas básicas” agita os bastidores da política. O vereador Carlos Ranzi (MDB) encaminhou pedido de informações ao governo municipal. Ele quer nomes e detalhes sobre os beneficiados mais recentes. Em resposta, o Executivo afirma que essas informações são protegidas pela Lei Geral de Proteção de Dado. A conclusão eu deixo com o leitor!


Parklets em Venâncio Aires

Errei. Na edição de ontem, publiquei que o Governo de Venâncio Aires havia encaminhado à Câmara um projeto de lei para autorizar a instalação de parklets na cidade. Na verdade, os vereadores já aprovaram a medida. O que estava em debate era o local escolhido para a primeira estrutura, que ficará mesmo na Rua Osvaldo Aranha, em frente ao museu.

O parklet – que é uma extensão da calçada utilizada para o lazer e o comércio – terá 39,70 metros quadrados. O mobiliário interno engloba 12 bancos, duas mesas, oito floreiras, duas lixeiras, e entradas de USB. O módulo também contará com iluminação interna. Teutônia e Colinas também devem receber a novidade. Em Lajeado, é importante lembrar, a Oposição barrou.


MP e Câmara de Estrela

Ainda sobre os vídeos das conversas virtuais entre o promotor de Justiça Daniel Cozza Bruno e os vereadores João Braun (PP) e Débora Martins (Republicanos) – com denúncias contra o Governo de Estrela e referentes a possíveis irregularidades nos gastos com o combate à covid-19, uso de emendas e terceirização do Pronto Atendimento do Hospital Estrela –, eu preciso fazer uma retratação. Os vídeos não “vazaram”, como eu publiquei na semana passada. Os vídeos, a bem da verdade, são “públicos”. Então tá. Feito o registro!


Conflitos em Encantado

A ampliação do Parque João Batista Marchese vai gerar pano pra manga. Após a Câmara de Vereadores rejeitar por sete votos a três a compra de uma área lindeira, o prefeito Adroaldo Conzatti (PSDB) resolveu desapropriar parte da mesma área. Para tal, pagou R$ 1,4 milhão à vista. Para alguns parlamentares, a imposição do chefe do Executivo soou como uma afronta. Diante disso, os opositores solicitam “cópia integral do processo de desapropriação e aquisição de parte da área indicada, com o mapa da área e matrícula atualizada”. Essa novela vai longe…


Indecisão

Em Arroio do Meio, a Oposição ainda não definiu a chapa que disputará a prefeitura contra o atual prefeito Klaus Schnack (MDB). Por ora, apenas o nome de Danilo Bruxel (PP) está confirmado. Por parte do PDT, segue a indecisão entre os nomes do atual vereador Darci Hergesssel e Adriana Meneghini Lermen.

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