No ano em que completa 70 anos, Expresso Azul assume transporte de Lajeado

Opinião

Deolí Gräff

Deolí Gräff

Jornalista

Coluna sobre sociedade, arte, cultura e expressões comunitárias.

No ano em que completa 70 anos, Expresso Azul assume transporte de Lajeado

Por

Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A empresa Expresso Azul, vencedora da licitação do transporte coletivo de Lajeado, vai começar a operar a partir de segunda-feira, dia 22/06. Saem de cena Transportes Scherer, Barcelos e o Ereno Dörr. O valor da passagem será reduzido dos atuais R$ 4,15 para R$ 3,93. O diretor, Pedro Guarnieri, informa que a frota será de 34 ônibus e inicialmente serão cumpridas as linhas existentes, com o acréscimo de um roteiro novo até a UPA.

A Azul foi fundada em 01/11/1950, há 70 anos, quando adquiriu a empresa de ônibus Azambuja & Cia que possuía dois veículos. Com característica familiar, teve como proprietários os irmãos Willy H. Glufke, Hedwig E. Simoni e Hellmut C. Glufke e os sobrinhos Walter F. Hinnah e Manfred Stobäus, todos descendentes do casal de alemães que chegou ao Brasil em 1909, Ernst Carl e Elise Glufke. Por causa da cor azul dos ônibus, passaram a ser chamados de “Expresso Azul”, cujo nome foi incorporado à razão social.

A empresa, desde sua fundação realiza a linha de Lajeado para Porto Alegre, via Estrela. Ainda na década de 1950, foram ampliadas as linhas da capital para Arroio do Meio, Encantado, Roca Sales e Muçum.
Na decorrer de 1960 iniciaram as linhas regulares de Porto Alegre para Soledade via Encantado e Arvorezinha. Em 1972 as viagens passaram para a rodovia BR 386.

Em 1964 ocorreu a fusão com a empresa Irmãos Mayer da Silva & Cia Ltda que também operava em Lajeado e as linhas para a capital do Estado em dias alternados com o Azul.

“Depois de muita negociação e entendimento as direções das duas empresas concluíram por bem unir as operações. Os custos ficaram pesados para as duas empresas que realizavam o mesmo serviço”, explicou Rubert Titze, que era integrante da direção da empresa Irmãos Mayer e passou a ocupar cargo de diretor no Azul, a partir de 1º de novembro de 1965, quando foi extinta a Mayer e alterada a razão social do Azul para Expresso Azul de Transportes S/A. Titze permaneceu no cargo por 39 anos, até 2004.

Em 1963, o sócio Hellmut Carlos Glufke passou a integrar o quadro administrativo da empresa, permanecendo até 1986. Seu filho, Carlos Alfredo Glufke, entrou na empresa em 1973, passando a ser diretor depois do falecimento de seu pai, em 1986, permanecendo até 2019, quando completou o seu ciclo. “A empresa cresceu com Lajeado e o Vale do Taquari. As pessoas têm um carinho muito grande pela Azul. Certamente muitos passageiros devem ter histórias bonitas para lembrar”, disse Carlos Glufke. Ele salientou que o ingresso no transporte coletivo urbano, será um novo nicho de mercado. “Para o Azul é novidade, mas para os novos acionistas, não. Eles já têm muita experiência neste setor e por certo trarão muito conhecimento para Lajeado, o que vai auxiliar para oferecer um bom serviço para os usuários do transporte público”, completou Glufke.

Em janeiro de 1977, começaram as viagens entre Estrela e Lajeado para Santa Cruz do Sul, via Venâncio Aires, ao incorporar os serviços da Empresa A. Martins & Irmãos Ltda.

Em junho de 2011, o Expresso Azul adquiriu quotas da empresa W. Lindemann Ltda., hoje Empresa Arroio do Meio de Transporte Ltda., que opera linhas entre Lajeado, Arroio do Meio e Encantado.

Em janeiro de 2017, a Azul trocou seu quadro de acionistas, mantendo as mesmas linhas e a qualidade dos serviços.


Câmaras Mortuárias do Florestal completam 40 anos

Em 18 de junho de 1980, há 40 anos, foi concluída a construção das Câmaras Mortuárias do Florestal. A obra foi idealizada por Eugênio Almiro Schmidt, que conseguiu a adesão de todos os proprietários do Lajeado Tênis Club para a sua liquidação e, após, a doação para a construção de espaço de uso da comunidade. A comissão liquidante, composta por Eugênio Almiro Schmidt, João Alvor Müller e Erny Sthalschmidt, com a venda do patrimônio apurou Cr$ 323.000,00. O Município de Lajeado ajudou com Cr$ 100.000,00. Houve ainda contribuições do comércio e indústria locais. Os recursos foram insuficientes. Para completar os valores o Rotary Clube Lajeado , o Lions Club de Lajeado Florestal e Câmara Júnior (Atual JCI) promoveram Campanha Comunitária Pró Conclusão das Capelas Mortuárias. Conseguiram seu objetivo. A construção foi concluída. A Comissão de Obras foi presidida por Jandir Araújo, assessorado por Erny Sthalschmidt, Pedro Elito Horst, José Aloysio Matte e Bruno Aloysio Traesel.

Para o atual presidente do Rotary Lajeado, Antônio Scussel, “esta obra tem um grande alcance social”. Ele salientou que é mais um dos muitos projetos realizados ao longo dos 65 anos da presença do Rotary na cidade. “Ajudar na construção das Capelas Mortuárias foi uma atuação voluntária de várias entidades, baseada na solidariedade para possibilitar às pessoas terem uma despedida com dignidade”.

A presidente da JCI, Gabriela Sturmer da Silva, enfatizou que através de projetos e parcerias, a JCI sempre buscou auxiliar a comunidade. “Os 40 anos da Capela Mortuária do Florestal evidencia o quanto a nossa organização está presente na vida e na história da comunidade”, definiu Gabriela.

O presidente do Lions Florestal, Ilvo Poersch, observou que foi uma iniciativa significativa. “Conseguimos mostrar a força do Lions e de outras organizações que prestam serviço voluntário. Nós nos unimos para viabilizar uma obra tão necessária para a comunidade”, afirmou Poersch.


Adefil precisa de ajuda

Por conta da pandemia a Associação dos Deficientes Físicos de Lajeado (Adefil) está passando por dificuldades para atender as pessoas que dependem da ajuda da instituição. Por esta razão lançou a campanha Ajuda Solidária que tem a parceria do Sicoob São Miguel. As contribuições poderão ser depositadas diretamente na conta da Adefil – Banco Sicoob, agência 3039, conta nº 94116-6. Qualquer valor será muito bem vindo.

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