“A culpa não é minha!”

Opinião

Jonas Ruckert

Jonas Ruckert

Diretor do Colégio Teutônia

Assuntos e temas do cotidiano

“A culpa não é minha!”

Por

Teutônia
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A recorrente afirmação pode ser verdade. A culpa pode não ser sua, pode não ser minha. Há uma confusão conceitual que se instala quando não conseguimos distinguir culpa versus responsabilidade. Para destrinchar e embalar a ideia inicial compartilho um conceito do escritor Mark Manson: “a culpa aponta para escolhas já feitas, enquanto a responsabilidade aponta para escolhas sendo feitas agora.”

“O ano era 1988. Na fria manhã do inverno um choro muito próximo ecoava na cozinha da casa. Era de uma criança muito pequena, possivelmente um bebê. Ao abrir a porta, dentro de uma caixa de sapatos estava o pequeno menino, envolto em panos com seus poucos dias de vida. Culpa pela situação? Nenhuma! Duas possiblidades apenas: responsabilizar-se pela vida que lá estava, dando encaminhamento à situação ou, numa atitude de omissão e consequente culpa, levá-lo até a porta da casa ao lado sem que ninguém visse ou percebesse, livrando-se do ‘problema’.”

A história acima não é ficção. Poderia ser. Vivemos em tempos onde muitos são os culpados.  Preocupa-me, em doses para lá de homeopáticas, a forma como temos reagido aos eventos que passam a constituir a nova realidade e que, pelas suas especificidades, exigem um novo responsabilizar-se coletivo, mais intenso e de maiores proporções. É tempo de exercitar o altruísmo! Pessoas altruístas são aquelas que manifestam atitude de amor ao próximo, proatividade e responsabilidade para com este. O altruísta se caracteriza pelas circunstâncias presentes, em movimentos focados, deixando sem oportunidades o passado e a possibilidade da culpa.

Nosso Vale é pujante e por isso quero apelar aos economistas e pessoas da área, aos jornalistas que divulguem, de forma pedagógica, ou seja, traduzam em números compreensíveis a mortais como nós, a força da nossa região. O Vale tem na cadeia da sua pluralidade iniciativas fortemente embaladas pelo setor primário, pela agroindústria, pela indústria, pela prestação de serviços, pela educação e saúde e tantas iniciativas mais que se manifestam em nossa organização social de forma exponencial, consequência de posturas de responsabilização que se traduzem em geração de emprego, riquezas e desenvolvimento.

Estamos sempre diante de escolhas. Responsabilizar-se sobre as consequências nos ajudará na reflexão para melhores tomadas de decisão. Termino com fragmento de Mark Manson: “culpar os outros é apenas escolher sofrer.”
Desejo a todos saúde e equilíbrio em tempos em que as habilidades sócio emocionais serão o diferencial.

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