Antes tarde do que nunca

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia do Grupo A Hora

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Antes tarde do que nunca

Por

Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Enfim, o novo prédio da câmara de vereadores de Teutônia, em obras desde 2010, será inaugurado. A data marcada para solenidade discreta, apenas para os atuais vereadores e poucos convidados é 30 de junho. A informação foi dada ontem, pelo presidente Cleudori Paniz (PSD).

Prédio imponente com mais de dois mil metros quadrados mais se assemelha a um castelo do que a uma sede de câmara de vereadores. São mais de dois mil metros quadrados e fica próximo ao centro administrativo.

Trata-se de uma das obras públicas mais demoradas de Teutônia. E de muitas controvérsias. São exatamente dez anos, cujo investimento no prédio em estilo enxaimel, construído ao lado do Centro Administrativo, beira R$ 4 milhões. A obra foi a conta-gotas, respeitando um cronograma de etapas, anunciado já na largada, em 2010. A previsão era terminar em oito anos. Atrasou dois.

O prédio tem mais de dois mil metros quadrados, com área para estacionamento e dois pavimentos superiores. É maior do que muita sede de prefeitura no Vale e Estado afora. Resta saber qual será a real utilidade e os benefícios que gerará à comunidade de Teutônia. Toda essa estrutura apenas para 11 vereadores não faz o mínimo sentido.


Pesquisa Testa Lajeado ratifica que o pior passou

O resultado merece ser comemorado, mas sem euforia

A Univates publicou ontem os primeiros números – ainda parciais – da pesquisa sobre a covid-19 em Lajeado. Dos 1.450 mil testes aplicados, apenas 45 deram positivo. O número representa 3,1% do total. A incidência é baixa. Muito baixa.

A pesquisa reforça o que tem se falado nos últimos dias em Lajeado e região, de que o pico passou. Pelo cenário atual – isso pode mudar para pior ou melhor – , podemos dizer que o pior passou. Basta pegarmos o resultado da pesquisa e aliar aos números de leitos de UTI e internação nas casas de saúde. A queda é franca.
Agora, é manter todo o cuidado necessário para evitar uma segunda onda de contaminação, mas ao mesmo tempo, é hora de voltar o foco ao outro impacto provocado pela pandemia: o econômico.

A tarefa continua árdua: manter os cuidados de higiene e de comportamento protetivo, especialmente aos grupos de risco – idosos, pessoas com comorbidades, asmáticos, hipertensos, cardíacos, etc – e ao mesmo tempo, retomar aquilo que está parado. Temos o dever de salvar o que ainda resta de 2020.


“Vamos fazer 2020 em quatro meses”

A frase é do prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, mas classifica bem o sentimento e o desejo de muitos gestores públicos e privados. Ele anunciou, na semana passada, uma agenda de 15 eventos de setembro a dezembro deste ano, a partir de um planejamento minucioso feito com empresários locais. “Vamos mostrar que é possível fazer 2020 em quatro meses”, projeta. Fenavinho, Expobento e Movelsul, feiras de espectro estadual e nacional, estão com data marcada.

Os números da covid-19 estão em queda em Bento Gonçalves, tal qual em Lajeado e região. Isso não representa o fim da pandemia, muito menos que estejamos em um cenário de segurança. Por outro lado, nos permite investir na retomada da confiança, onde a realização de eventos, como feiras, tem papel exponencial.

Pasin deu entrevista ao programa Frente e Verso da Rádio A Hora 102.9, ontem pela manhã e disse que 27 critérios voltados ao comportamento e regras de conduta nos eventos. “Precisamos olhar o segundo semestre de forma positivo e não depressiva. Os números mostram que estamos num controle sobre a pandemia.

Agora, temos o dever de retomar o turismo, os eventos e a economia”, reforça.

Faz bem o prefeito em propor uma agenda mais intensa para o restante de 2020. É fundamental manter os cuidados, especialmente sobre os grupos de risco, mas ao mesmo tempo, é imperioso criar um ambiente de confiança e de encorajamento responsável. O que se faz em Bento Gonçalves pode – e deve – servir de estímulo para o Vale do Taquari. Decidir organizar os eventos neste momento, assegurar a realização e datar cada um deles também auxilia a própria sociedade sair desta sensação de lamúria para algo mais otimista e vencedor.

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