Esporte como forma de protesto

Opinião

Caetano Pretto

Caetano Pretto

Jornalista

Colunista esportivo.

Esporte como forma de protesto

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Lajeado
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

É louvável quando atletas, principalmente jogadores de futebol, deixam suas bolhas para se manifestar. Nesta semana, no Brasil e no mundo, jogadores e clubes aderiram aos protestos pelo assassinato de George Floyd, homem negro que morreu asfixiado por um policial em Minnesota, nos Estados Unidos.

A morte de Floyd desencadeou uma série de manifestações populares em várias cidades norte-americanas. São os maiores protestos desde os anos 1960, ápice da luta pelos direitos civis. As manifestações com a frase Vidas Negras Importam tomaram proporções mundiais e chegaram também ao futebol.

O nosso esporte favorito constantemente sofre com a alienação. Mas desta vez foi diferente. Na rodada do Campeonato Alemão, pelos menos três jogadores se manifestaram após marcar seus gols. O atacante Marcus Thuram, filho do ex-zagueiro francês Lilian Thuram, se ajoelhou como forma de protesto à morte de Floyd. Jadon Sancho, atacante inglês do Borussia Dortmund, levantou a camisa e mostrou uma frase em que pedia justiça. Atitude semelhante à tomada pelo jovem McKennie, do Schalke 04.

No Brasil, a maioria dos grandes clubes se manifestou nas redes sociais, dentre eles o Grêmio e o Internacional. Jogadores da Dupla também se manifestaram.

Até a FIFA, muitas vezes omissa, pediu para que as ligas não punissem clubes e jogadores que apoiassem os protestos.

Talvez o principal embaixador desta luta antirracista no mundo do esporte é o astro da NBA LeBron James. Nos Estados Unidos, ele é o atleta que tomou a frente nesta luta, criticando a violência policial e inclusive a mídia, que por muitas vezes também é racista.

Uma das frases mais repetidas neste movimento diz que em uma sociedade racista, não basta não ser racista. É preciso ser antirracista. Por isso, é louvável quando estes atletas, milionários e que vivem em uma bolha de sucesso e fama, se manifestam em respeito aos problemas sociais e raciais, que deveriam ser um problema do passado, mas insistem em permanecer como um problema do presente.


Futebol retorna aos poucos

Outro ponto que chama a atenção no retorno da Bundesliga é a alta média de gols. Foram 57 gols nas duas primeiras rodadas. Uma média de mais de três bolas nas redes por jogo. As goleadas também são uma constante. Borussia Dortmund 4 x 0 Schalke 04, Werder Bremen 1 x 4 Bayer Leverkusen, Hertha Berlin 4 x 0 Union Berlin, Bayern de Munique 5 x 2 Eintracht Frankfurt e RB Leipzig 5 x 0 Mainz foram os placares mais elásticos até aqui.

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