Não é hora de baixar a guarda

Editorial

Não é hora de baixar a guarda

A terceira bandeira laranja consecutiva para região no sistema de distanciamento controlado do estado não pode motivar o relaxamento na série de cuidados necessários em relação à pandemia

Não é hora de baixar a guarda
Vale do Taquari

A terceira bandeira laranja consecutiva para região no sistema de distanciamento controlado do estado não pode motivar o relaxamento na série de cuidados necessários em relação à pandemia. Um afrouxamento neste momento, véspera do início do inverno, pode significar um retrocesso grave em um período crítico, em que as doenças respiratórias tendem a disparar.

Somente neste fim de semana, por exemplo, o Vale do Taquari registrou seis mortes. Ou seja, o coronavírus está longe de ser vencido. Embora o Rio Grande do Sul ainda apresente uma situação favorável em relação ao restante do país, o severo inverno gaúcho é um perigo iminente e exige atenção redobrada por parte do poder público e da sociedade.

Em nível nacional, o cenário é muito preocupante. O Brasil se torna o novo epicentro da pandemia e já possui localidades com o sistema de saúde colapsado. A falta de uma estratégia unificada entre os entes federados deixa o país vulnerável. A cada dia, os casos se multiplicam, os leitos de UTI disponíveis diminuem e a quantidade de óbitos bate recordes.

A estabilidade gaúcha deve ser mantida com todo o esforço. Por onde passou, o vírus já demonstrou que não se trata de uma doença simples e que coloca em xeque as estruturas de saúde, bem como traz graves reflexos econômicos devido às estratégias necessárias para o seu enfrentamento. Manter os contágios sob controle é crucial desde já para evitar complicações nos próximos meses.

Muito do resultado alcançado até aqui no RS é fruto do comportamento social e do êxito da estratégia estadual de distanciamento controlado.

O achatamento da curva, portanto, segue crucial. Não apenas para salvar vidas, mas para a retomada gradual da normalidade, inclusive no campo econômico. O funcionamento pleno das atividades produtivas depende do comportamento social adequado de respeito às orientações dos órgãos de saúde.

No Vale, embora a bandeira esteja laranja, a conjuntura segue exigindo cautela e respeito por parte da população. A comunidade regional não pode baixar a guarda, sob risco de ter de enfrentar um perigoso revés do fenômeno que coloca o mundo inteiro em alerta.

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