Cautela necessária

Editorial

Cautela necessária

A pandemia no Rio Grande do Sul está estável

Cautela necessária
Vale do Taquari

A pandemia no Rio Grande do Sul está estável. A afirmação foi feita ontem na coletiva de imprensa do governador Eduardo Leite, em que foram apresentados os dados da quarta etapa da pesquisa da Ufpel sobre a prevalência do vírus no estado.

Em relação ao restante do país, o RS apresenta uma conjuntura favorável até o momento. Tanto na quantidade de casos, como na taxa de ocupação dos leitos de UTIs. Enquanto o Brasil desponta como o novo epicentro do coronavírus no mundo, o estado consegue manter a situação sob controle.

Um relaxamento neste momento pode significar o agravamento do cenário, num período delicado, prestes a começar o inverno.”

A estabilidade, no entanto, não pode significar um afrouxamento dos cuidados por parte da população. Muito do resultado alcançado até aqui é fruto do comportamento social e do êxito da estratégia estadual de distanciamento controlado. Um relaxamento neste momento pode significar um agravamento do cenário em um período delicado, prestes a iniciar o inverno.

No Rio Grande do Sul, a estação mais fria do ano é conhecida pela alta incidência de doenças respiratórias na população. Neste ano, o fator coronavírus tende a tornar mais complexa a situação nos hospitais. Manter os contágios sob controle é crucial desde já para evitar complicações nos próximos meses.

O achatamento da curva, portanto, é crucial para evitar o colapso do sistema de saúde. Mais do que isso, consiste em condição para a retomada gradual da normalidade. O funcionamento pleno das atividades econômicas, inclusive, depende do comportamento social adequado de respeito às orientações dos órgãos de saúde.

No pronunciamento de ontem, o governador apresentou a estratégia para a área da educação. Apesar da estabilidade no número de contágios e de ocupação dos leitos, o Piratini descarta a volta às aulas presenciais em junho. Às escolas estaduais, as atividades remotas serão adotadas a partir da próxima segunda-feira.

A perspectiva é que, a partir de julho, as atividades sejam restabelecidas de forma gradual. Serão protocolos de 15 dias para depois estipular a nova etapa. E a bandeira de risco de cada região também será avaliada antes da abertura das escolas. Em caso de localidades da cor vermelha e preta, fica descartada qualquer atividade presencial.

Em suma, o plano do Estado demonstra a cautela necessária diante da gravidade do fenômeno que abala o planeta.

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