Menos de 1% da população gaúcha tem anticorpos para covid-19

Pesquisa Epidemiológica

Menos de 1% da população gaúcha tem anticorpos para covid-19

Segundo o Piratini, o RS é o estado brasileiro com diagnóstico de propagação do vírus mais próximo da realidade

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Atualizado quarta-feira,
27 de Maio de 2020 às 21:03

Menos de 1% da população gaúcha tem anticorpos para covid-19
Créditos: Reprodução
Estado

Na tarde desta quarta-feira, dia 27, o reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pedro Hallal, participou de videoconferência com o governador Eduardo Leite e as secretárias de Saúde, Arita Bergmann, e de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos, que preside o Comitê de Dados do coronavírus no Rio Grande do Sul. Segundo a investigação, 20.226 pessoas tem anticorpos para o coronavírus. O número representa, 0,17% dos mais de 11 milhões de habitantes do estado.

A EPICOVID19, pesquisa epidemiológica do governo estadual, em parceria com a UFPel, foi prorrogada até agosto. As quatro etapas do cronograma inicial da pesquisa foram concluídas. Agora, mais quatro fases são incluídas, totalizando oito fases de coleta.

Até então, 17.689 amostras foram coletadas. Apenas na primeira fase a meta de exames não foi cumprida, com 4.189 pessoas testadas. Com os plano de contágio monitorados até metade de agosto, a EPICOVID19 pretende chegar a amostra total de 35.689 mil pessoas. As próximas fases, pretendem examinar mais 18 mil pessoas, dividas nos dias 13 e 14 de junho; 04 e 05 de julho; 25 e 26 de julho e; 15 e 16 de agosto.

A quarta fase

No último final de semana, 4.500 amostras foram coletadas para a pesquisa de prevalência. O reitor da UFPel, Pedro Hallal, destacou a agilidade dos estudantes das universidades gaúchas, públicas e privadas, envolvidos na aplicação dos testes que servem de base para a pesquisa. Com o prazo de três dias para atingir 500 exames do município, apenas 48h foram suficientes para que a meta fosse cumprida.

“A fase que nós temos mais boas notícias para apresentar a população gaúcha”, declarou o reitor da UFPel, Pedro Hallal, ao apresentar os números da quarta fase.

Pelo Facebook, reitor da UFPel, Pedro Hallal, demonstrou os resultados da quarta fase da EPICOVID19

O número de sub notificações, pessoas infectadas sem diagnóstico, caiu vertiginosamente. Na primeira fase, a estimativa de sub notificação era de oito vezes em relação ao número de contaminações confirmadas. O número aumentou para 12 vezes, na segunda fase, e recuou para 9 vezes o contingente de infecções contabilizadas pelo estado. Agora, a diferença entre os casos estimados e os casos notificados é a menor do Brasil.

“Se multiplicarmos o número de casos confirmados por três, teremos uma estimativa muito próxima da realidade do número real de infecções”, declarou Hallal.

Mais responsabilidade

Para a secretária Estadual de Saúde, Arita Bergmann, os dados, apesar de animadores, aumentam a responsabilidade do estado em manter a baixa prevalência e garantir que a rede hospitalar possa garantir o atendimento aos pacientes que eventualmente precisem de internação clínica ou de UTI para o tratamento da covid-19.

“Ao mesmo tempo que eu me sinto animada, eu sinto que é grande o tamanho do nosso compromisso”, expressou Arita.

A Secretária adiantou que amanhã será apresentada ao governador uma proposta para quarta remessa de testes rápidos “para que mais pessoas tenham acesso a testagem”.

Ao final do pronunciamento, ela agradeceu a receptividade da população na coleta de dados. Situação contrária a várias regiões do país, onde pesquisadores do IBGE sofreram represálias.

“Agradecer a participação da população que entendeu a importância de estar presente, dando a sua contribuição para que o estado do Rio Grande do Sul possa conduzir o nosso plano de contingência”, disse Arita Bergmann.

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