Alta nas contas de energia está na mira do Procon

Clientes insatisfeitos

Alta nas contas de energia está na mira do Procon

Presidente da Associação Gaúcha dos Procons abordou notificação feita à concessionária RGE após queixas em Santa Maria

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Atualizado quinta-feira,
14 de Maio de 2020 às 09:25

Alta nas contas de energia está na mira do Procon
Contas com valores abusivos motivaram notificação do Procon de Santa Maria. Descontentamento também foi registrado no Vale do Taquari. CRÉDITO: Arquivo A Hora
Estado

O abuso na cobrança da energia elétrica foi abordado no programa Frente e Verso da manhã de hoje. Neste mês, o Procon de Santa Maria notificou a concessionária RGE após queixas de consumidores. Esse descontentamento com a concessionária também é registrado no Vale do Taquari.

Responsável pela entidade de Santa Maria e presidente da Associação Gaúcha dos Procons, Márcia Moro da Rocha, esclareceu que a alta nas contas ocorre após resolução da companhia que prevê a leitura por média.

Desta forma, ao invés de cobrar o real consumo do mês, a RGE realiza um levantamento da cobrança dos últimos meses e cobra valor que seja média desses consumos.

Em Santa Maria, a reclamação maior veio de universitários que não ocupavam os alojamentos com o cancelamento das aulas presenciais, mas tiveram conta de energia igual às épocas de alto consumo.

Conforme Márcia, a concessionária possui um canal digital e telefônico para o consumidor informar o real consumo e evitar preços abusivos. Entretanto, essa possibilidade sequer chegou ao conhecimento da maioria da população. “Nossa crítica é por essa forma de divulgação”, reforça.

Márcia destaca ainda que os valores cobrados a mais devem ser ressarcidos automaticamente pela empresa assim que a leitura seja feita. Entretanto, muitas pessoas estão com dificuldades financeiras neste momento, o que amplia as críticas.

A presidente estadual dos Procons também abordou a campanha de estímulo às negociações na Assembleia Legislativa. Conforme ela, muitas das contas estão “caindo no colo do consumidor”, mesmo que os serviços não estejam sendo repassados de forma completa.

Citou o caso das ensino particular que mantém a cobrança igual, mesmo sem aulas ou com atividades de forma virtual. Para Márcia, este é o momento de “bom-senso” e negociação entre as partes para descontos ou pagamentos no futuro. “Todos vão perder algo. Mas vamos sair mais fortes depois da pandemia”, afirma.

A redação do A Hora entrou em contato com a assessoria de imprensa da RGE e aguarda retorno.

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