Precisamos todos de Estados eficientes e eficazes!

Opinião

Cíntia Agostini

Cíntia Agostini

Vice-presidente do Codevat

Assuntos e temas do cotidiano

Precisamos todos de Estados eficientes e eficazes!

Por

Lajeado

Ser eficiente é fazer bem feito e ser eficaz é fazer a coisa certa. Neste momento no qual todos estamos passando, nós e nossos grupos familiares, nossas empresas e nossos trabalhadores, nos permite refletir e construir uma perspectiva construtivista e que reequilibra o debate acerca do papel do Estado.

Nunca gostei de pensar a partir dos extremos, no qual se supõem que o Estado seja mínimo ou o Estado seja máximo, sempre me referi ao Estado fazendo a coisa certa e bem feita, ou seja, a cada tempo e momento, um Estado eficaz e eficiente. E agora, mais do que em outros momentos, isso faz sentido.

Todos temos papel a exercer em um momento como o qual estamos vivendo, a sociedade em geral, os trabalhadores formais e informais, os empresários, todos fazendo sua parte, mas precisamos, mais do que qualquer outro momento recente, de um Estado que conduza as ações de toda a sociedade, esteja ela onde estiver e no papel que estiver exercendo.

O Estado precisa mediar políticas de saúde no curtíssimo prazo, para atender as necessidades de toda a sociedade, na busca pela minimização dos impactos da pandemia do coronavirus. No curto prazo, implementar políticas e ações que olhem para a saúde, mas também para a sociedade e a economia. Essas políticas devem acontecer em todos os níveis (federal, estadual, municipal), sejam estas de estímulo e subsídios às empresas até subsídios ou subvenções para os trabalhadores formais e informais e suas famílias.

E no médio prazo, políticas públicas e ações programáticas de retomada do crescimento econômico e o desenvolvimento social. Não é possível cobrar somente de um dos atores, sejam estes empresas ou trabalhadores, a responsabilidade de retomada do desenvolvimento dos nossos territórios.

É em momentos como esse que o papel do Estado se torna fundamental e caem por terra discussões que indicam que o Estado não deve intervir na economia ou de que o Estado deve ser o único interventor e mediar todas as ações econômicas. O papel do Estado foi se alterando ao longo do tempo e toma para si responsabilidades diversas nos diferentes territórios.

Neste momento em que precisamos todos que alguém nos guie, é papel sim dos Estados, seja a União, os Estados e os Municípios, guiarem todos atores para que possamos sair dessa crise de saúde pública, que invariavelmente é também uma crise econômica. Todos perderemos um pouco, todos sofreremos consequências com o que está acontecendo, uns mais que outros, principalmente aqueles que perderem seus entes queridos. Não tem dor maior e é inimaginável perdermos alguém que amamos.

Além destes, muitos de nós terão redução de suas rendas e perderão negócios e, para estes, o Estado precisa de ações programáticas de retomada da economia e políticas sociais compensatórias para, principalmente, aqueles que mais necessitam. Não existem respostas simples para questões tão complexas, o que é necessário e fundamental nesse momento, trabalho colaborativo, resiliência e muita empatia, para olharmos para o próximo e nos ajudarmos a todos, guiados por nossos gestores, com políticas de Estado eficazes e eficientes.

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