A empatia cura

Opinião

Amanda Cantú

Amanda Cantú

Jornalista

Colunista do caderno Você

A empatia cura

Por

Vale do Taquari
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Pensei muito sobre o que falar aqui nesta semana. Tentei, de todas as formas, fugir do assunto do momento. Ninguém mais aguenta ser bombardeado por números tristes e pela realidade do isolamento. Porém, neste momento tão delicado, a maioria dos assuntos pode se tornar irrelevante e até fútil. Pensando nisso, decidi aproveitar este espaço para falarmos sobre algo que chama minha atenção – e me dá esperança – nos últimos dias: a empatia em tempos de crise.

Acredito na empatia como uma das maiores virtudes que alguém pode ter e, neste momento, ela se torna ainda mais importante. A empatia é, de forma simplificada, a capacidade de se colocar no lugar do outro e tentar compreender seus sentimentos, ideias e ações. A empatia, para mim, é o que nos torna humanos.

Nas últimas semanas, ela ganhou o mundo quase que com a mesma força do vírus. Os mais jovens e saudáveis se oferecendo para fazer compras e auxiliar  pessoas em grupo de risco nas atividades que necessitam sair de casa. Vizinhos cantando juntos em suas janelas, celebrando o aniversário da criança que não pode comemorar com os amigos. Músicos promovendo festivais online.

Gente priorizando comprar de pequenos produtores e microempresas, se reunindo para apoiar autônomos em um momento necessário de comércio fechado. Psicólogos organizando grupos de apoio e diversos profissionais compartilhando seus conhecimentos em vídeos para ajudar quem está recluso a viver este momento da melhor forma. Desconhecidos unidos em redes online de suporte emocional. Médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde arriscando suas vidas na linha de frente desta batalha.

Em um mundo sobrecarregado com guerras e as mais diversas e cruéis desigualdades, a empatia é poderosa. Ela pode conectar pessoas e dissipar preconceitos. Todos sabemos o quanto a pandemia é perigosa. Embora certas pessoas insistam em diminuí-la como “apenas uma gripezinha”, a maioria do mundo já compreende sua magnitude, a importância de se proteger para proteger quem irá sofrer de forma mais forte os impactos desta crise, seja pela saúde frágil, pela maior exposição ou pela necessidade de parar as atividades. Hoje não quero reforçar os números, quero apenas agradecer a cada um que tem feito a sua parte neste momento. Com empatia e juntos, cada um da sua casa, vamos vencer esta fase e para podermos nos abraçar novamente.

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