Sim, nós podemos

Opinião

Amanda Cantú

Amanda Cantú

Jornalista

Colunista do caderno Você

Sim, nós podemos

Por

Mundo
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Ser mulher não é um conceito fechado. Não importa o quanto tentem a nos colocar em uma caixinha cor de rosa de comportamentos e expectativas, cada uma de nós é única, com a sua própria essência, resultado das suas escolhas e seus ideais. Não precisamos e nem iremos seguir a cartilha que define ser mulher como um comportamento padronizado.

Mas então, o que temos em comum para sermos todas chamadas mulheres? Ser mulher vai muito além de uma condição biológica. Lutamos diariamente para sobreviver em um mundo feito por homens e para homens. Nossa liberdade sexual é cobrada, mas não pode acontecer com “exageros”. Enfrentamos todo tipo de estereótipos e pressões, cada vez maiores em uma sociedade que vive uma crescente onda de conservadorismo. No caso das mulheres LGBT+, negras ou indígenas, estes obstáculos se tornam ainda maiores, pois se somam à homofobia, a transfobia e ao racismo.

O que conquistamos até aqui sempre estará em perigo de ser revertido. Mas uma coisa jamais perderemos: a consciência da força avassaladora que temos. Somos corajosas, focadas, multitarefas. Nossa sensibilidade não nos torna fracas. Todos os dias praticamos o exercício de nos desdobrar, superar, reinventar e nos reerguer ainda maior. Não tememos desafios. Não nos deixaremos calar. Exigimos respeito e igualdade. Somos donas das nossas vidas, dos nossos corpos, dos nossos sonhos. Cada experiência, cada luta, cada conquista. É isto que nos define mulheres.

O Dia Internacional da Mulher existe, não como uma data comemorativa ou comercial, mas como uma homenagem à luta de toda mulher que um dia ousou reivindicar seu espaço e levantar sua voz. Ele é uma homenagem a estas e a todas que diariamente vivem a luta que é ser mulher.

Por isso, em homenagem a você, e também a todas as mulheres que são parte fundamental da força que move o Grupo A Hora todos os dias, o caderno Você trará uma série de matérias durante o mês de março.

Intitulada “Sim, mulher pode”, nossa série te apresentará a história e a voz de quatro mulheres fortes, uma em cada fim de semana do mês de março. Nossa primeira personagem é a Ana Paula. Professora da rede pública de ensino de Lajeado, Ana vem nos contar quais os desafios de ser uma mulher negra na sociedade atual e como ela planta a sementinha da representatividade e do orgulho pelo gênero e pela raça em cada uma de suas alunas.

Esperamos que você, leitora, se sinta representada nestas mulheres e nestas palavras. Uma boa leitura e não esqueça: você pode!

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