Educação Infantil

Opinião

Marco Rockembach

Marco Rockembach

Presidente do Sindicomerciários

Assuntos e temas do cotidiano

Educação Infantil

Por

Vale do Taquari

O déficit de vagas e o recesso das escolas de educação infantil da rede municipal de Lajeado são temas recorrentes. Como representante sindical da categoria comerciária, externo minha preocupação e, também, minha disposição para ajudar na resolução.

Existe uma grande cobrança por parte dos trabalhadores do comércio a respeito da falta de vagas e de onde deixar os filhos nos dias em que precisam trabalhar e as escolas de educação infantil do município estão fechadas (sem expediente). É o caso dos pais que trabalham em sábados, domingos e feriados. Eles questionam ainda onde deixar os filhos no período de recesso dessas escolas, que ocorrem normalmente a partir da terceira semana do mês de dezembro estendendo-se até o início de mês de fevereiro.

O Sindicomerciários, buscando dar uma alternativa imediata e temporária à sua categoria, fez convênio com duas conceituadas empresas: a Ághate Soluções Criativas e a Quintal Criativo, contudo essa não é a solução para um problema que atinge pais de várias categorias laborais do município.

Deseja-se uma resposta da administração municipal, pois não podemos admitir que os pais trabalhadores que não têm férias no mesmo período das escolas de educação infantil municipal tenham que investir quase 50% de seu salário para pagar por locais onde possam acolher seus filhos.
Sei que o tema é complexo, mas ter escolas de educação infantil municipal atendendo nos 12 meses do ano em Lajeado é um assunto que deve pautar o Programa de Governo, especialmente quando apontamos que esta cidade é polo de desenvolvimento regional, com população superior a 88 mil habitantes.

É preciso resgatar a experiência de funcionamento das escolas de educação infantil da administração de Luis Fernando Schmidt, pois se mostrou totalmente viável e com alto índice de satisfação da comunidade. É importante destacar, ao citar a administração anterior, que não se trata de preferência partidária e sim desejo de solução definitiva de um problema frequente.

Não é necessário o funcionamento de todas as escolas no período de férias. Por meio de um levantamento de demanda e um plano integrado de ação, envolvendo as secretarias da educação, da cultura, esporte e lazer, e da saúde, com divisão do município por bairros, sendo esta divisão associada ao calendário de férias dos servidores, é possível definir o número de escolas que poderiam permanecer atendendo, conciliando a necessidade do município sem prejudicar a manutenção de infraestrutura (reparos, dedetização, entre outros serviços) dos educandários e as férias dos servidores, que é justa e de direito.

Neste contexto, a China nos mostra que são suficientes 10 dias para construir e equipar um hospital, além de organizar equipes de profissionais para atender a comunidade. Que possamos nos inspirar nela e que o nosso prazo de resolução demore somente até as próximas férias, preferencialmente, as férias de inverno de 2020.

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