Conexão Vale do Taquari

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Jovens de outros estados escolhem construir suas histórias na região

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A cidade de Porto Velho, capital de Rondônia, sempre será o lar da estudante de Jornalismo Gabriela Fernandes Rossi, 25. Mas há alguns anos ela sentiu que precisava deixar o ninho e voar. “Sempre tive a pretensão de morar fora, apesar de amar meu estado e ser grata pelas oportunidades, sentia que meu lugar não era lá”.

A região Sul do Brasil não era sua primeira escolha. “Achava que meu destino estava no Sudeste”, recorda. Tudo começou quando Gabriela foi eleita Miss Rondônia Be Emotion 2015. A coroa trouxe muitas novidades para a vida da jovem, como a oportunidade de trabalhar como influenciadora digital. Até então a Gabriela cursava Odontologia, mas logo percebeu que seu caminho era na comunicação. “Tranquei a faculdade e me inscrevi no vestibular de Jornalismo”. Ainda em Porto Velho, começou a nova carreira. Logo o destino a levou a São Paulo, para onde se mudou com o intuito de finalizar a graduação.

Os planos mudaram e Gabriela precisou retornar para Rondônia, onde continuou trilhando seu caminho no Jornalismo. “Na época, trabalhei por um tempo como repórter na TV Allamanda, afiliada ao SBT em Porto Velho”, recorda. Mas os compromissos profissionais fizeram com que Gabriela precisasse dar uma pausa nos planos de formatura. Nesta época, ela aproveitou a folga para conhecer a região e o Festival de Cinema de Gramado.

Amor à primeira visita

“Vim conhecer sem nenhuma pretensão de ficar”, ri. No festival, Gabriela conheceu o namorado, que apresentou a região e, desde janeiro, Muçum se tornou sua nova casa. “Eu adoro a vida aqui, me lembra um pouco Porto Velho. Apesar da cidade ser menor, o acesso às demais localidades é melhor e temos mais facilidade para se deslocar de um canto a outro, então sempre estou fazendo algo”. A infraestrutura, e as oportunidades de estudo e trabalho no Vale do Taquari também são pontos positivos, destaca Gabriela.

Quando decidiu se mudar, o apoio dos pais Tasso e Nilda foi fundamental “Meus pais sempre tiveram uma visão mais ampla a respeito disso. Sou muito abençoada e sempre tive todo apoio e suporte para realizar meus sonhos”.

Apesar de vir de uma cidade tão distante e com um cultura diferente, a adaptação não foi problema para Gabriela. “A única dificuldade é lembrar que estou longe das minhas melhores amigas e dos meus pais, mas eles já tiveram a oportunidade de trilhar a vida deles e agora chegou a minha vez de construir uma história”.

“Acredito que sair de casa cedo seja a melhor maneira de amadurecer, e eu não me arrependo nem um pouco. No início a saudade vai ser difícil, mas depois acostuma.” Diego Sotoriva – estudante

O foco de Gabriela no seu novo lar é concluir a faculdade de Jornalismo na Univates e abraçar as oportunidades ao redor de suas profissões como influenciadora e como jornalista. “Estou gostando muito. Me sinto acolhida e está sendo uma experiência encantadora”.

Mudança em família

Quem também escolheu Lajeado como seu novo lar foi o estudante Diego Paulo Sotoriva, 18. Natural de Palmas, no Paraná, Diego decidiu se mudar em 2017 para ficar mais próximo da irmã Amanda, que havia se mudado para cursar Medicina na Univates. “Percebi que o ensino lá não era muito bom e também que eu e minha irmã estávamos nos afastando um pouco devido à rotina e à distância, então decidi sair de casa e vir”.

A Univates também foi a escolha de Diego para cursar Psicologia. “Me apaixonei pela instituição e pelo respeito às diferenças que ela prega”. Quando comunicou à família que se mudaria, as reações foram positivas, recorda. Os pais Adriana e Jaime ainda moram no Paraná, mas como são gaúchos, visitam Diego e Amanda com frequência.

No início, o contraste entre as regiões eram perceptíveis. “Achava engraçado como a diferença linguística era grande, mas logo me apaixonei pela forma como as pessoas são aqui. Acho lindo passar pela Univates no fim de semana e ver tanta gente se divertindo, comendo pipoca e tomando chimarrão, pois na minha cidade essas coisas não acontecem”.

Se pudesse dar um conselho para outros jovens que pensam em sair da casa dos pais, Diego diria “Vá!”. Mesmo que pareça um pouco assustador, se virar sozinho é muito bom, aconselha. “O crescimento pessoal e profissional é imenso, pois você aprende que as coisas não são fáceis. Acredito que sair de casa cedo seja a melhor maneira de amadurecer, e eu não me arrependo nem um pouco. No início a saudade vai ser difícil, mas depois acostuma.”

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