As mulheres do Oscar

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As mulheres do Oscar

Conheça o trabalho de algumas das profissionais que concorrem ao maior prêmio do cinema

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As mulheres do Oscar
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A 92ª edição do Oscar, maior premiação do cinema, ocorre neste domingo, 09. A Produtora e Gestora Empresarial e Cultural Monique Leotte Mendes sempre acompanha a divulgação dos indicados e a noite dos vencedores. Este ano, assistiu a maior parte das obras e acredita que a lista tenha bons representantes, com destaque para o papel das mulheres nas grandes produções. “A representatividade feminina no cinema, tanto nas narrativas quanto nos bastidores, é fundamental para que mais mulheres assumam seu protagonismo e ocupem os espaços sem medo de críticas”.

Monique lembra que, no início da história do cinema, o papel da mulher se restringia à atuação, na maior parte das vezes em papeis bem estereotipados. “Por muitos anos foi um cenário de predominância masculina. Eles escreviam os roteiros, produziam e dirigiam, e em função disto, o cinema tinha o olhar deles, era a cara deles”. O número de mulheres ainda é pequeno em áreas como a direção, por exemplo. “Esta realidade só mudará se tivermos mais mulheres trazendo seus olhares e percepções para o cinema. Elas poderão romper esse ciclo vicioso e reconstruir aos poucos este cinema que a gente conhece até então, por isso a representação feminina é tão importe”, acredita Monique.

Apesar disso, as mulheres que têm desafiado esta realidade têm o seu trabalho por trás do sucesso de algumas das grandes obras indicadas ao Oscar em 2020. Conheça algumas destas mulheres e coloque já estas obras na sua lista de filmes para assistir.

Greta Gerwig – Adoráveis Mulheres

Apesar de ter ficado de fora da corrida pelo prêmio de Melhor Direção, a americana Greta Gerwig e seu filme Adoráveis Mulheres concorrem ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Atriz (com Saoirse Ronan), Melhor Atriz Coadjuvante (com Florence Pugh), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Figurino e Melhor Trilha Sonora Original. Adoráveis Mulheres é uma adaptação da obra Little Woman, da autora Louisa May Alcott, e conta a história de quatro irmãs e a passagem de suas adolescências para a vida adulta. Com personalidades bem diferentes, elas enfrentam os desafios de crescer unidas pelo amor que nutrem umas pelas outras.

Cynthia Erivo – Harriet

A atriz britânica é a única mulher negra concorrendo ao Oscar de Melhor Atriz por sua atuação em Harriet. O filme é uma cinebiografia sobre a história da ativista Harriet Tubman, que durante a Guerra Civil Americana ajudou centenas de escravos a fugirem do sul dos EUA após ela mesma conseguir escapar da escravidão. Suas ações contribuíram para que a história tomasse um novo rumo. Aos 33 anos, Cynthia também foi indicada ao prêmio de Melhor Canção Original e, se vencer qualquer uma das indicações, pode se tornar a mais jovem EGOT, artista que já venceu os maiores prêmios do mundo da arte: o Emmy (televisão), o Grammy (música), o Oscar (cinema) e o Tony (teatro).

Petra Costa – Democracia em Vertigem

Única representante do Brasil no Oscar, a mineira Petra Costa concorre ao prêmio de Melhor Documentário com Democracia em Vertigem, obra que fala sobre a ascensão e queda de um grupo político e o cenário da política no Brasil. Além de Petra, todas as outras indicadas na categoria também são mulheres.

Thelma Schoonmaker – O Irlandês

Aos 80 anos, Thelma Schoonmaker chega a sua oitava indicação pela montagem de O Irlandês. Natural da Argélia, já venceu a categoria outras três vezes, pelos filmes Touro Indomável, O Aviador e Os Infiltrados. Com a indicação em 2020, Telma iguala o recorde de indicações na categoria. Antes dela, só Michael Kahn tinha disputado o prêmio tantas vezes. O Irlandês conta a história de Frank Sheeran, um veterano de guerra que concilia a vida de caminhoneiro com a de assassino de aluguel número um da máfia. Promovido a líder sindical, ele se torna o principal suspeito quando o mais famoso ex-presidente da associação desaparece misteriosamente.

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