A verdadeira reforma  ainda está por vir

Opinião

Edson Brum

Edson Brum

Único deputado estadual do Vale do Taquari

Assuntos do cotidiano e política

A verdadeira reforma ainda está por vir

Por

Vale do Taquari
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Recentemente, o governo estadual submeteu ao plenário da Assembleia Legislativa uma série de medidas que compunham o que foi tratado como “pacote da reforma administrativa”. Na verdade, o bloco de ações defendidas pelo Executivo não passou de uma reforma fiscal. Muita coisa foi aprovada, outro tanto ficou de fora. É preciso reconhecer que, realmente, todas as partes envolvidas demonstraram grande disposição ao diálogo. O grande vitorioso foi, enfim, o bom senso.

Há muitos momentos em que a crise só pode ser superada com a adoção de medidas duras, amargas. Entretanto, se o governo estadual pretende realmente modernizar a máquina estatal, tornando seus custos mais leves e seus serviços mais eficientes, precisa atacar as injustiças e disparidades. Cortar de quem ganha menos, além de cruel, é injusto. O sacrifício deve começar com quem tem mais gordura a ser queimada.
Não é difícil negociar, espremer os mais fracos. Independentemente de estarem ou não dispostos a ceder, os pequenos têm pouco poder de barganha. Quanto menos se ganha, mais se tem a perder.

Agora, aprovadas a medidas que considerava fundamentais, o Poder Executivo precisa se concentrar nas regalias. Qual a parcela de sacrifício dos que ganham mais? A administração estadual precisa focar nos que estão na ponta da pirâmide. As gratificações por produtividade, que acontecem com as finanças quebradas; a indústria das substituições remuneradas, que acontece em diversas áreas; aposentadorias precoces, diárias, prêmios, licenças, auxílios. E, claro, rever a contribuição dos salários mais altos.

Mas tudo isto, mesmo depois de realizado plenamente, ainda é pouco. Acredito que uma verdadeira reforma não pode ser atingida se observarmos apenas a coluna das despesas. O estado precisa, mais do que qualquer outra coisa, de novas receitas, de dinheiro novo. Precisamos incentivar quem já empreende no Rio Grande e tornar o Estado atrativo a quem quiser investir aqui. A realidade mostra que a verdadeira reforma ainda está por vir.

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