Maternidade segura

Editorial

Maternidade segura

É fundamental o monitoramento dos dados acerca dos nascimentos de bebês em qualquer localidade. Em Lajeado, os números acompanham uma tendência global no comportamento feminino e devem servir de referência para um melhor direcionamento das políticas na área da saúde…

É fundamental o monitoramento dos dados acerca dos nascimentos de bebês em qualquer localidade. Em Lajeado, os números acompanham uma tendência global no comportamento feminino e devem servir de referência para um melhor direcionamento das políticas na área da saúde pública.
Entre os aspectos constatados na comparação, destaca-se o crescimento na quantidade de gestações em mulheres com mais de 35 anos. Trata-se de um fenômeno contemporâneo, tendo em vista o aumento do protagonismo da mulher na sociedade, na disputa por mais espaços de poder e no mercado de trabalho, bem como reflexo dos avanços na medicina.
Na década de 60, considerava-se a faixa etária ideal para ter filhos entre 18 e 25 anos. Desde lá, o universo feminino mudou drasticamente. Cada vez mais, mulheres optam por preterir a maternidade em relação à busca pela consolidação profissional ou por qualificação acadêmia, por exemplo. Com novas possibilidades de desenvolvimento pessoal, preferem adiar o sonho de ser mãe.
A medicina ainda indica a faixa entre 20 e 29 anos como a mais aconselhável para a reprodução. Entretanto, diante de tantos avanços nas tecnologias de reprodução, como o próprio congelamento de óvulos, a tendência é que essa idade também se altere nos próximos anos.
Reportagem nas páginas 8 e 9 desta edição abordam o tema em nível local. Compara dados do ano passado com índices anteriores para proporcionar um perfil das gestantes lajeadenses, em quais bairros estão em maior número, quais são as suas características e preferências sobre o tipo de parto.
A pesquisa também retrata outra situação que precisa de atenção do poder público e da sociedade como um todo. Nos últimos cinco anos, na cidade mais populosa do Vale do Taquari, o número de mães adolescentes tem ficado na média anual de 37,5. Apontada como uma gestação de alto risco, a gravidez nesta faixa etária pode acarretar problemas sociais e biológicos.
O estudo anual feito pela Secretaria da Saúde é valioso para orientar iniciativas governamentais e de entidades da sociedade civil organizada. Por meio das estatísticas, é possível implementar ações mais assertivas para garantir gestações mais seguras e saudáveis.

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