A polêmica sobre a escolha do novo conselho gestor do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) ganhou um novo capítulo na tarde dessa terça-feira. A juíza Carmen Barghouti indeferiu o pedido para reconsiderar a liminar que suspendeu a posse dos declarados vencedores.
Na avaliação da magistrada, ainda que o MTG argumente que é um órgão parlamentarista e não presidencialista, todo o processo foi conduzido a partir dos nomes das candidatas a presidência Elenir Winck, 61, e Gilda Galezzi, 65.
Pela primeira vez em 53 anos de MTG, duas mulheres disputavam a presidência. A eleição ocorreu junto com o 68º Congresso Tradicionalista Gaúcho, no Parque do Imigrante, em Lajeado. Dos 1.060 votos válidos, cada chapa teve 530. Com o empate, a decisão foi pelo regulamento. De acordo com o conselho, pelo estatuto, é considerado vencedor quem tem entre os candidatos a pessoa mais idosa.
Pelo artigo 127 da entidade, está escrito que em caso de empate, o candidato mais idoso ao conselho vence. Entre os nomes dos integrantes da chapa 1, está Wilson Barbosa de Oliveira, com 77 anos. A liminar que suspendeu a posse do novo conselho saiu no domingo. A ação foi movida pela chapa 2, de Gilda Galeazzi, e questiona o critério de desempate pela idade.
Pelo despacho, a magistrada escreve: “[…]a própria cédula eleitoral apresenta unicamente o número da chapa e os nomes Gilda e Elenir como candidatas à presidência, corroborando a interpretação lógica de que encabeçariam a chapa.”
A juíza decidiu que é preciso manter a liminar e levar o mérito da ação para uma análise mais aprofundada.