Entidades formulam dez medidas para reduzir prejuízos

ESTADO

Entidades formulam dez medidas para reduzir prejuízos

Documento foi entregue ontem ao governo federal. Emater considera cenário o mais grave desde a lavoura 2011/12

Entidades formulam dez medidas para reduzir prejuízos
Em área total de 7,8 milhões de hectares, deverá haver produção de 40,2% maior do que a safra passada

Integrantes da Farsul, Fetag, Fecoagro, Famurs e governo do RS elaboraram uma proposta coletiva de reivindicações para atenuar os impactos sociais e econômicos da estiagem. As dez medidas visam prorrogar dívidas de produtores rurais, criar linhas de crédito emergencial e extensão de programas para fornecimento de insumos às lavouras.
A prefeita de Cristal e vice-presidente da Famurs, Fábia Richter, coordenou a reunião, em conjunto com o prefeito de Pantano Grande, Cassio Nunes Soares. O encontro ocorreu na tarde dessa segunda-feira, em Porto Alegre. As ações foram elaboradas nessa segunda-feira e entregues ao Piratini, para análise do governador Eduardo Leite. O mandatário do Executivo Gaúcho encaminhou as reivindicações para a Presidência da República.

O secretário em exercício da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Luiz Fernando Rodrigues Junior, elaborou as propostas conjuntamente com as entidades presentes e garantiu o envio do documento até amanhã. “O governo do estado decidiu na sexta-feira passada que aguardaria o posicionamento de todas as federações públicas e privadas, para que se formalizasse a posição do Estado do Rio Grande do Sul. Com as decisões coletivas de hoje, vamos encaminhar até amanhã, a lista de demandas conjuntas para Brasília, com os pleitos federais”, assegurou o secretário.

Para a vice-presidente da Famurs, o resultado da reunião mostra a força de mobilização entidade. “A Famurs conseguiu conduzir o encontro de ideias em torno de um bem maior, que é o nosso produtor rural”, pontuou Fábia Richter.

Produtividade menor
A agricultor Felipe Klein, 22, de Cruzeiro do Sul, amarga uma queda de até 60 sacas de milho por hectare. É o pior resultado desde a estiagem de 2005. Na safra passada chegou a colher uma média de 150 sacas.
Entre os fatores para justificar o baixo rendimento cita o excesso de chuvas em outubro e novembro que atrapalhou o desenvolvimento das plantas. “Quando chegaram pendão faltou umidade. As espigas não se desenvolveram, tem poucos grãos e estão menores”, lamenta.

Embora a produtividade seja menor, o preço compensa em parte os prejuízos. “No ano passado recebi R$ 33 e agora está em R$ 40”, compara.

“Sempre esperamos pela chuva”
Conforme o gerente regional adjunto da Emater Regional de Lajeado, Carlos Lagemann, as principais culturas atingidas são as de milho e soja. Para amenizar a ausência de chuvas, orienta o produtor a cuidar melhor do solo, fazer a rotação de culturas, cobertura da terra e investir em sistemas de irrigação.

Outro medida importante é fazer a proteção de fontes para garantir o abastecimento de animais na propriedade. “Sempre esperamos pela chuva. Neste ciclo ela está mais escassa e gera perdas significativas. Orientamos acionar o seguro para conseguir amenizar as perdas”, diz.

As dez propostas

Acompanhe
nossas
redes sociais