“É uma sensação indescritível ver cada um superando seus limites”

Notícia

“É uma sensação indescritível ver cada um superando seus limites”

O empresário lajeadense Diego Capalonga, 46, passou por uma das maiores emoções de sua vida na manhã do último dia 31. Ele participou da famosa corrida de São Silvestre, em São Paulo, competindo ao lado de pessoas de diversas partes…

“É uma sensação indescritível ver cada um superando seus limites”

O empresário lajeadense Diego Capalonga, 46, passou por uma das maiores emoções de sua vida na manhã do último dia 31. Ele participou da famosa corrida de São Silvestre, em São Paulo, competindo ao lado de pessoas de diversas partes do planeta. Participar da prova foi uma demonstração de superação em sua trajetória recente.

• Qual é a sensação de participar de uma das principais maratonas do mundo?

Não tinha ideia de como seria. Foi minha primeira vez na São Silvestre. Comecei a correr há menos de dez meses e tomei gosto. Me inscrevi na categoria mais lenta, num tempo bem acima do que estava fazendo. Meu numero era 31.250. Consegui chegar em 12.700º. E a sensação de estar ali, ver cada um superando seus limites individualmente, foi indescritível. Não tem competição com ninguém. É contigo mesmo. É um ambiente tão favorável, com tanta gente ao redor, que tu te supera.

• Como foi sua preparação para a São Silvestre?

Eu, até setembro, estava muito bem preparado. Antes de descobrir um linfoma na virilha, fazia um tempo de corrida que, para mim, estava excelente. Corria 17, 18 quilômetros tranquilamente. Mas em outubro fiz a cirurgia. Tive que parar 30 dias. E, aí, o preparo físico acaba piorando. As sessões radioterapia te derrubam e te deixam debilitado e o treinamento não é mais o mesmo. Foi mesmo na base da superação. Comecei a ficar com o corpo mais em dia lá pelos dias 28, 29 de dezembro. Aí fazia 8 quilômetros de corrida.

• Descobrir um câncer durante a preparação não te desanimou?

Obviamente foi um baque quando descobri, em outubro. Estava tão bem fisicamente e mentalmente. Aí começou o processo para saber se o linfoma era maligno ou benigno e se não tinha se espalhado pelo corpo. Essa ansiedade eu não desejo para ninguém. Em 23 de dezembro, terminei as radioterapias. Mas nunca tive medo. Também não me passou pela cabeça deixar de correr. Tanto que participei da rústica de Natal, mesmo um pouco debilitado. Mas tenho que agradecer por ter sido resolvido tão fácil e não ser agressivo como ocorre com outras pessoas.

• Antes de se preparar para a São Silvestre, você tinha uma rotina de exercícios?

Eu não me exercitava. Estava com 100 quilos, era gordinho e feliz. Jogava bola uma vez por semana e me achava atleta. Aí fiz um coach de emagrecimento e perdi 25 quilos em 3 meses. Cortei o refrigerante, entre outras coisas. Mas queria deixar de comer coisas que eu gostava, como chocolate. Então passei a me exercitar mais, queimando tudo o que comia.

Acompanhe
nossas
redes sociais