Que tal fazer as pazes com o seu corpo?

SAÚDE

Que tal fazer as pazes com o seu corpo?

Chegou a hora de vencer as inseguranças e cultivar um relacionamento saudável com você mesma

Por

Que tal fazer as pazes com o seu corpo?
Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Quando você se olha no espelho, o que vê? A sua beleza única ou um corpo que não se parece com aquele visto nas revistas ou exibido nas redes sociais? Muito se fala sobre autoestima e aceitação, mas a exposição a um padrão de beleza muitas vezes inalcançável ainda leva muitas mulheres a uma eterna briga com a aparência.

A psicóloga Janaína Petry Froner explica que para começar um processo de reconciliação com a autoimagem é fundamental reconhecer e aceitar a diversidade dos corpos e suas belezas, e entender que não precisamos nos encaixar em um padrão imposto, e sim no padrão que construímos para nós mesmos.

Existem muitas variáveis que explicam a insatisfação com o corpo, entre elas fatores internos, de ordem emocional e biológica, e externos, de ordem social e ambiental, esclarece. “Entre os favorecedores deste comportamento estão uma exigência social muito grande por um corpo bonito, saudável, e com aparência jovem.”

Entre os fatores externos, estão os perigosos padrões de beleza. Conforme Janaína, a busca por um corpo sarado ou um rosto esculpido é uma consciência coletiva construída pela mídia e pelas redes sociais, e apoiada por grandes marcas, que faz criar a ideia de que existe um modelo ideal de beleza. Já os fatores internos estão ligados muitas vezes a um sentimento de baixa autoestima. “Isso faz com que a pessoa tenha menos autoconfiança e muitas vezes acabe por se comparar e se diminuir ao não alcançar esse padrão de beleza imposto”.

Afinal, como vencer a batalha da aceitação?

Aprender a se amar e a se automotivar é um processo e as expectativas precisam estar na medida que o tempo e nosso corpo possam acompanhar. Para começar, Janaína destaca alguns comportamentos. “Seja gentil consigo mesmo, perdoe os seus erros, tenha orgulho de você, e se permita descansar às vezes. Não foque de forma obsessiva em algo, faça o que gosta com frequência, aceite as suas emoções, e o principal: não se compare”.

A prática de atividade física também pode ajudar. O exercício aumenta a disposição, a autoestima, diminui a ansiedade, melhora o humor, o sono e o controle emocional.

A nível biológico, ao praticar atividades físicas, o fluxo de sangue no cérebro aumenta os níveis de serotonina, a substancia responsável pela sensação de bem-estar. “O corpo funciona com mais harmonia, mais ritmo. A atividade também busca prazer e satisfação por meio de desafios gradativos. A pessoa vai conseguindo vencê-los e isso vai melhorando cada vez mais a autoestima”.

Mas é preciso ser algo que você goste. Não se coloque em uma relação tóxica, como uma dieta que te impeça de comer tudo, ou uma atividade física que não te dê prazer, só porque as outras pessoas fazem, reforça a psicóloga.

A prática de atividades físicas ainda leva a conhecer novas pessoas e dá a sensação de pertencimento. “Faz com que nos relacionemos melhor e ampliemos nossa rede de amigos reais, que têm os mesmos objetivos, o que também reforça a autoconfiança.”

Janaína indica começar por fazer uma lista de objetivos, e iniciar pelo ponto mais fácil. “Pode começar descobrindo qual atividade física mais te atrai, por exemplo, depois procurar um acompanhamento nutricional ou endocrinológico, o terceiro pode ser um apoio psicológico, e assim por diante, conforme a pessoa se sentir melhor”.

A psicóloga indica ainda a prática de atividades físicas pela manhã, quando há mais disposição, e na companhia de pessoas agradáveis. “Pode ser um amigo, um familiar, vale até levar o cachorro para passear”, brinca. Pensar positivo e não abandonar os objetivos também é importante. “Por fim, focar no padrão que queremos para a nossa vida, nossa saúde e nosso bem-estar, não no estabelecido por outras pessoas”.

Acompanhe
nossas
redes sociais