“O bem que se faz sempre volta”

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“O bem que se faz sempre volta”

Dorli Maria Diehl, 58, tem uma vida dedicada a cuidar e ensinar os outros. Natural de Estrela, começou a estudar atendente de enfermagem aos 16 anos. Ao olhar para o caminho percorrido, tem certeza de que todo o esforço valeu…

“O bem que se faz sempre volta”

Dorli Maria Diehl, 58, tem uma vida dedicada a cuidar e ensinar os outros. Natural de Estrela, começou a estudar atendente de enfermagem aos 16 anos. Ao olhar para o caminho percorrido, tem certeza de que todo o esforço valeu a pena. Enfermeira por formação, ela é especializada em gestão e faz dois anos que responde pela gerência da Fundef.

Quando descobriu que tinha aptidão para a área da saúde?

Na verdade fui induzida. Meus pais trabalhavam no Hospital Estrela. Quando eu tinha 16 anos, as irmãs franciscanas, que administravam a instituição me convidaram para fazer o curso de atendente de enfermagem. A partir daí, comecei a trabalhar e fazer outros cursos. Fiz auxiliar e depois técnico em enfermagem. Casei, fiquei anos sem estudar. Depois dos filhos criados, voltei para a faculdade.

Se for fazer um paralelo, de quando começou na profissão, lá com 16 anos até hoje, como avalia?

Ao olhar para trás, vejo que foi uma longa caminhada. Fui atendente, auxiliar, enfermeira, professora e gestora. De tudo, amadureceu muito em mim a importância de sempre nos colocarmos no lugar do outro, daquele que está recebendo o nosso cuidado. Faça com ele o que gostaria de receber. A palavra é respeito. Sempre falar a verdade, pois a área da saúde é muito difícil. Vivemos nos extremos. Atendemos um paciente com óbito e em seguida, abrimos a porta e tem um nascimento. A tristeza e a alegria fazem parte da rotina. É um turbilhão de emoções.

A Fundef tem uma missão importante. Uma instituição assistencial, sem fins lucrativos e que trata adultos e crianças. Como é receber o carinho dos pacientes?

É gratificante. Por vezes os pais chegam desesperados com o filho, com a fissura no rosto e saem dali sabendo do tratamento e que a criança vai se recuperar e ter uma vida normal. A gente procura ajudar e também nos tornamos pessoas melhores pelo carinho que recebemos. As pessoas não tem ideia do tamanho da Fundef. Isso aqui é muito grande, tem muito conhecimento aqui dentro.

Em que sentido o contato, o carinho dos pacientes torna os profissionais melhores?

Estamos em uma sociedade em que nos diz que precisamos ter muitas coisas. E quando estamos com os pacientes, vivenciamos suas dores e ajudamos a superar as dificuldades. Vemos que temos tudo. Eles nos fazem perceber o verdadeiro valor da vida, do convívio. É o bem. O bem que se faz sempre volta.

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