Entrave recorrente

Editorial

Entrave recorrente

O ano inicia conturbado para centenas de famílias no Vale do Taquari. Em bairros da cidade de Estrela e Lajeado, a falta de água segue como problema em diversas residências, embora já atenuada em algumas localidades. No campo, como se…

O ano inicia conturbado para centenas de famílias no Vale do Taquari. Em bairros da cidade de Estrela e Lajeado, a falta de água segue como problema em diversas residências, embora já atenuada em algumas localidades. No campo, como se não bastasse a preocupação com os efeitos da estiagem, outro empecilho se reapresenta: a instabilidade energética.
A vulnerabilidade é tamanha que, a cada ventania um pouco mais forte, o drama se espalha e multiplica perdas nas lavouras e nas criações. Os produtores rurais – e são centenas – registram periodicamente prejuízos substanciais.
Trata-se, novamente, de um problema cíclico. No verão, as interrupções na distribuição de energia costumam ser mais frequentes, devido ao aumento do consumo em meio ao período mais quente do ano. Há relatos de localidades que estão sem luz desde 31 de dezembro em municípios como Fazenda Vilanova e em Cruzeiro do Sul.
A reportagem da página 6 aborda a situação de um produtor do interior de Encantado que já pensa em deixar a avicultura em função da precariedade do abastecimento de energia prestado à sua propriedade. Faz mais de 50 anos na atividade, perdeu a paciência com as recorrentes quedas de luz e com a demora para o serviço ser restabelecido pela RGE.
No ano passado, um dos principais alvos de críticas da comunidade regional quanto ao serviço prestado foi a concessionária de energia. Tanto que a insatisfação motivou a Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) a recorrer ao Procon estadual para solicitar mais qualidade no abastecimento e na recuperação da rede em casos de interrupções.
A partir do movimento da Amvat, o órgão em defesa do consumidor cobrou um plano de ações por parte da distribuidora. O Procon foi taxativo naquela ocasião: caso a concessionária descumpra as exigências, serão propostas sanções que podem ser desde multas até pedido de rescisão do contrato de concessão do serviço de energia.
A qualidade do fornecimento energético é condição básica para o desenvolvimento regional. Seja na cidade ou no campo, a estabilidade do sistema, bem como a rápida resposta em casos de queda, são fundamentais para a qualidade de vida e o ritmo da produção. Um dos polos produtivos mais importantes do estado requer um serviço mais eficiente.

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