Sem limites

Editorial

Sem limites

Esgotou a paciência dos moradores do bairro Universitário com os frequentes problemas de ordem pública na avenida Avelino Talini. Nesse fim de semana, a algazarra não teve limites e, muito além da perturbação ao sossego, provocou danos materiais, espalhou lixo…

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Esgotou a paciência dos moradores do bairro Universitário com os frequentes problemas de ordem pública na avenida Avelino Talini. Nesse fim de semana, a algazarra não teve limites e, muito além da perturbação ao sossego, provocou danos materiais, espalhou lixo e colocou vidas em risco.
Ontem, o reinício da semana no entorno da Univates desacortinou um cenário assustador. Marcas de pneus no asfalto, decorrentes da prática de “pegas” de carros, descarte de garrafas de bebidas e, até mesmo, um poste de luz tombado foram o saldo da última agitação. Há relatos, inclusive, de moradores interessados em vender o imóvel por não aguentarem mais o tumulto.
Não são raros os casos de intervenção policial em encontros de jovens em espaços públicos. Conforme a legislação, “nenhum divertimento público poderá ser realizado sem autorização do Poder Público”. As reuniões espontâneas são permitidas, desde que sejam respeitados os limites.
O fato é que a situação na avenida Talini precisa de uma medida mais enérgica por parte da municipalidade. Famílias de moradores cobram uma intervenção do programa Pacto Lajeado pela Paz, que além de se voltar a ações educativas e inclusivas também atua na fiscalização e coibição de irregularidades. Não é justo que a farra de alguns se torne a perturbação de outros.
Não se trata de banir a animação da juventude ou mesmo as atividades noturnas naquela localidade. Grande parte dos jovens sabe os limites da boemia saudável, sem desrespeitar o restante da comunidade. Uma cidade em crescimento com mais de 80 mil habitantes, considerada a capital regional, precisa também estar preparada para contemplar os anseios das novas gerações.
No entanto, é preciso frisar que, ao mesmo tempo em que a gurizada tem o direito de se divertir – com respeito e limites –, trabalhadores também precisam ter garantido o direito ao pleno descanso durante as noites.
Além de coibir as ilegalidades, combater os abusos e manter a segurança pública, a administração municipal também deve se preocupar em planejar espaços apropriados para a diversão e o lazer desse público em específico.
O potencial econômico de explorar a disposição dos jovens para a boemia é enorme. Mas, é claro, tudo precisa ser dentro da legalidade e das normas de segurança pública.

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