Desordem cresce  e comunidade volta a reclamar

Excessos na Talini

Desordem cresce e comunidade volta a reclamar

Moradores cogitam até se mudar em função da bagunça que se expande para outras ruas do Universitário

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Desordem cresce  e comunidade volta a reclamar

A destruição de um poste após acidente de trânsito na madrugada de sábado, 16, faz a comunidade questionar, mais uma vez, a movimentação noturna nas proximidades da Avenida Avelino Talini, no bairro Universitário. Incomodados, moradores fotografaram as marcas de pneus e garrafas deixadas nas paradas de ônibus após a noite de festas.
 
Além do som alto, eles reclamam de rachas de veículos e uso abusivo de álcool na Talini. Outra queixa é o uso de terrenos e até a frente de residências como local para as necessidades.
 
Com a proibição de estacionamento na avenida durante a madrugada, moradores de ruas próximas destacam que a algazarra migrou. Agora, frequentadores estacionam os carros em locais próximos e levam caixas de som e bebidas alcoólicas até a Talini.
 
“Quando eles voltam é sempre uma barulheira. Já cheguei até a ver discussões e brigas na frente da minha casa”, conta a moradora Carolina de Quadros. Conforme ela, o problema se intensifica nos fins de semana. “Da noite de sexta-feira até o domingo é horrível morar aqui”, lamenta.
 
Com a queda do poste no domingo, Carolina destaca que registrou dificuldades para alimentar os dois filhos menores. “Meus pais estavam cuidando das crianças e não conseguiam nem esquentar uma água por que só temos fogão elétrico. A luz só voltou às 15h”, comenta.
 

box talini“Estamos desesperados”

Morador de uma rua próxima à avenida faz quatro anos, Marcelo Costa relata que ensinou o filha de cinco anos a andar de bicicleta no local. “Já o meu filho menor de dois anos nem consigo tirar de casa por causa da velocidade dos carros”, se queixa.
 
Ele classifica a movimentação nos fins de semana como “insuportável” e destaca que não consegue mais dormir com a porta do quarto aberta. A baderna faz Costa cogitar até medidas drásticas no futuro. “Gosto de morar aqui, mas se não melhorar, pretendo me mudar”, prevê.
 
Outra moradora que opta pela mudança é Ana Rita Weiand. “No domingo chegamos a ir procurar uma nova casa. Estamos desesperados”, ressalta. Conforme ela, os transtornos na madrugada já são registrados faz mais de quatro anos, mas vem se acentuando nos últimos seis meses.
 

Pedidos da comunidade

Para solucionar os transtornos, a comunidade pede fiscalizações rígidas e rotineiras da Brigada Militar (BM) na Talini. Também acreditam que o fechamento de parte da avenida na madrugada poderia evitar a movimentação de veículos.  Outras sugestões é a instalação de câmeras de videomonitoramento para flagrar os abusos e ações do Pacto pela Paz na Talini.
 

FÁBIO KUHN – fabiokuhn@jornalahora.inf.br

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