“Nossa esperança está nas novas gerações”

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“Nossa esperança está nas novas gerações”

A Diocese de Santa Cruz do Sul comemora, nesta sexta, 60 anos de instalação. Com abrangência sobre os Vales do Taquari e Rio Pardo, engloba 41 municípios e 52 paróquias. Conta atualmente com 75 padres diocesanos e 12 religiosos. Entre…

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“Nossa esperança está nas novas gerações”

A Diocese de Santa Cruz do Sul comemora, nesta sexta, 60 anos de instalação. Com abrangência sobre os Vales do Taquari e Rio Pardo, engloba 41 municípios e 52 paróquias. Conta atualmente com 75 padres diocesanos e 12 religiosos. Entre eles está o padre Roque Hammes, coordenador da Pastoral de Comunicação da Diocese, natural de Arroio do Meio

• A Diocese completa 60 anos. Como será a comemoração do Jubileu?

Decidimos fazer do ano todo um ano jubilar. Por isso, em todas as paróquias estão acontecendo celebrações. Vamos celebrar no dia 17 de novembro, com solene missa na catedral São João Batista, às 9h. No dia 15, hoje, o dia de instalação da Diocese, estaremos celebrando o jubileu junto com a ordenação sacerdotal do diácono Ezequiel Perin, na paróquia São José do Sério. Além disso fizemos a publicação de uma edição especial da Revista Integração com a história dos 60 anos.

• O que a Diocese tem a comemorar nestes 60 anos de existência?

Temos a comemorar a manutenção e o crescimento da fé do povo ao longo destes anos. Em sua saudação ao povo no dia 15 de novembro de 1959, Dom Alberto Etges destacou “o povo que, no seu conjunto, guardou o depósito da fé e segue a trilha dos bons costumes”. Quero citar o trabalho dos bispos Dom Alberto Etges, Dom Aloísio Sinésio Bohn, Dom Canísio Klaus e, agora, Dom Aloísio Dilli; o trabalho dos padres, dos religiosos e das inúmeras lideranças leigas; o trabalho da Igreja na área da educação, da saúde e da organização do povo em sindicatos e movimentos sociais; a inauguração do Seminário São João Batista e a ordenação de 156 padres, de 8 bispos e 24 diáconos permanentes; o trabalho da Pastoral da Juventude, da Catequese, das equipes de liturgia e das Pastorais Sociais.

• Quais são os desafios da Diocese na atualidade?

O primeiro desafio é dar continuidade ao trabalho iniciado. Como está registrado na edição especial da Revista Integração, “a proliferação de novos grupos religiosos e o espírito da Nova Era provocaram a debandada de muitos fiéis. A confusão gerada pelos meios de comunicação social traz incertezas e provoca dúvidas. As programações sociais não deixam mais tempo para as pessoas atenderem os compromissos religiosos”. Temos uma grande preocupação com a transmissão do Evangelho para as novas gerações. Precisamos investir na formação de novas lideranças. Aprender a conviver com os diferentes grupos religiosos, combater os fundamentalismos e investir no ecumenismo.

• Como avalia a participação dos fiéis nas atividades da Igreja Católica, numa época em que estão surgindo tantas outras opções de igrejas?

Quando foi criada a Diocese de Santa Cruz do Sul, existiam apenas três igrejas na região (Católica, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e Igreja Evangélica Luterana). Também já existiam os ateus e a maçonaria. Hoje, ninguém sabe quantas igrejas existem. Naquele tempo, a sociedade era cristã. A prática religiosa era tradicional das famílias. Hoje, a sociedade é plural. A educação era feita, basicamente, nas escolas comunitárias, que eram católicas ou evangélicas. As comunicações eram feitas via oral, jornal e, muito raramente, através de rádio. Hoje, a educação é laica e não existe mais domínio sobre os MCS. A Internet se encarrega de dar voz a todos. Poucas eram as pessoas que tinham faculdade e muitos eram analfabetos. Hoje, os analfabetos são poucos e existem muitas faculdades no território da Diocese. Por tudo isso, é normal que a participação na Igreja Católica seja proporcionalmente menor hoje. Nossa esperança está nas novas gerações.
 

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