“Se fosse fácil, todo mundo faria”

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“Se fosse fácil, todo mundo faria”

Natural de Lajeado, Martin Tag, 29, deixou o trabalho em uma oficina mecânica, em Lajeado, para trabalhar como modelo em São Paulo, onde reside faz alguns anos. • Como você ingressou na carreira de modelo? A Adriane Wendt entrou em…

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“Se fosse fácil, todo mundo faria”

Natural de Lajeado, Martin Tag, 29, deixou o trabalho em uma oficina mecânica, em Lajeado, para trabalhar como modelo em São Paulo, onde reside faz alguns anos.

• Como você ingressou na carreira de modelo?

A Adriane Wendt entrou em contato comigo dizendo que eu tinha o perfil para ser modelo. Já tinha sido chamado umas três vezes para ir para São Paulo, mas nunca levei muita fé nisso. Na quarta vez que recebi o convite, fui testar a sorte. Para minha surpresa, em dez testes, fui aprovado em nove. A que não aprovei, foi em uma que era para ficar em Porto Alegre trabalhando, mas não era o meu foco.

• De que forma você foi convidado para trabalhar em São Paulo?

Dessas nove que me escolheram, optei uma que me ofereceu uma casa por um período de seis meses. Durante esses seis meses, conciliei os trabalhos de modelo com os de barman. Depois, após ganhar mais visibilidade consegui me manter aqui somente com os trabalhos de modelo.

• Como foi a reação da família com o convite?

Todo mundo me apoiou, como era um sonho muito distante ninguém acredita. Tive um mês para vir a São Paulo, fiz um acordo na oficina mecânica onde trabalhava para pegar o seguro desemprego e vir para São Paulo. Se tudo desse errado, teria seis meses para me manter. No começo minha mãe me apoiou, mas depois bateu o desespero nela pois ia sair de casa. Todos meus familiares acreditavam e ao mesmo tempo não acreditavam, pois é um trabalho que é muito distante da nossa realidade.

• Foi difícil a adaptação?

É muito difícil. São Paulo é muito grande. Na época eu não tinha nem GPS no celular. Era engraçado até. Anotava onde eram os testes tudo em um mapinha com caneta e andava de ônibus até os lugares. Nos primeiros dez, não consegui nenhum. Depois as coisas começam a se encaixar, tu consegue se adaptar as câmeras e os trabalhos começam a aparecer.

• Quais os aprendizados dessa experiência?

Sempre tive um pensamento que se fosse fácil todo mundo faria. Sempre levei comigo que se desse tudo errado, pelo menos teria a experiencia de ter tentado, de ter morado em uma cidade diferente. Na minha cabeça não passou, em nenhuma vez, que daria errado.

• Como era o Martin antes de ser modelo e como é agora?

Antes morava em casa, era uma pessoa mais focada no futebol, meu foco era totalmente outro. Meu foco é continuar crescendo aqui. Tenho meus clientes fixos, não preciso mais correr atrás de testes. O mais importante é que minha essência continua a mesma desde que saí de Lajeado. Continuo o mesmo brincalhão, um cara do povo

• O que mudou em sua vida?

Mudou tudo. Hoje sou casado, tenho casa, cachorros e passarinhos. Mudou a experiencia de vida, me deu sabedoria de como posso crescer mais e mais, não somente na moda, mas sim como pessoa também. Buscando aprimorar sempre a cabeça. Acho que uma cabeça forte fortalece o resto do corpo. Claro que todos nós temos fraqueza, mas se você tiver forte mentalmente o teu físico fica forte também. Procuro sempre fazer motivação de manhã para me manter motivado, pois as vezes é ruim receber o não.

EZEQUIEL NEITZKE – ezequiel@jornalahora.inf.br

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