“O ciclismo representa liberdade”

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“O ciclismo representa liberdade”

Moradora de Estrela, Sara Scherer, 50, faz do ciclismo um estilo de vida. Lamenta a falta de estrutura na região para o desenvolvimento do esporte. • O que o ciclismo representa na sua vida? O ciclismo surgiu na minha infância,…

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“O ciclismo representa liberdade”
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Moradora de Estrela, Sara Scherer, 50, faz do ciclismo um estilo de vida. Lamenta a falta de estrutura na região para o desenvolvimento do esporte.

• O que o ciclismo representa na sua vida?

O ciclismo surgiu na minha infância, com a antiga barra circular. Naquela época eu não via o ciclismo como um esporte, mas era nosso meio de locomoção. O ciclismo representa liberdade. É onde nasce o respeito ao próximo e a você mesmo. Você se motiva e motiva outras pessoas, você compartilha seu lanche, sua água, a barrinha de cereal, seu remendo, sua câmara. Tudo sem cobranças, pois você é um ciclista e o ciclista tem isso, de que o que é dele é do próximo. Sempre amei o ciclismo, adorava pedalar na minha infância. Porém, essa nova fase começou em 2017, por incentivo do meu filho. No começo, pensava apenas em fazer cicloturismo, mas a cada final de semana me apaixonava mais pelo esporte, e tinha vontade de pedalar cada vez mais longe. Em março de 2018 participei da minha primeira competição, desde então participei de diversos eventos no RS e fora dele.

• Quais os benefícios da atividade?

São inúmeros, entre eles, conhecer lugares novos; fazer novas amizades, melhorar tua saúde, a qualidade de vida e o condicionamento físico. Além disso, desafiamos limites, onde a autoconfiança e o preparo físico exigem que o psicológico esteja bem, para você enfrentar trajetos e desafios.

• Como era a Sara antes do ciclismo e como ela é hoje?

Antes era mais sedentária e com uns quilos a mais. Praticava apenas caminhada. Hoje mantenho a rotina do trabalho semanal e aos finais de semana me dedico ao ciclismo. Através do esporte conheci novos lugares e fiz novas amizades. Esse esporte me motivou a mudanças de hábitos alimentares e me fez investir em mim. No final de 2018 troquei minha bike de 21 marchas por uma melhor e em 2019 investi na aquisição de uma Speed para melhorar meus treinos em asfalto. Hoje o ciclismo é rotina dos meus finais de semana, seja em um passeio de cicloturismo com a galera ou nas competições de MTB ou STRADA valendo pelo Campeonato Estadual, Regional ou simplesmente em um treino individual. No inicio pedalava de 20 a 50 km. Hoje um pedal de 100 km é um giro normal, podendo chegar a até 200 km.

• Como avalia a estrutura para o ciclismo na região?

A estrutura para a prática do ciclismo na região é quase nula. Há poucos trechos onde há ciclovia e esses trajetos são curtíssimos. Hoje em dia temos que nos “arriscar” e circular na via dividindo espaço com veículos. Porém, percebo alguns avanços, como placas de sinalização (Ciclista na via) e ações de conscientização. A ampliação da estrada de Estrela-Colinas-Imigrante com a colocação de uma ciclovia seria uma grande vitória para centenas de ciclistas da região que ali passam diariamente.

• O que pode ser feito para estimular o uso da bicicleta?

Em primeiro lugar, aumentar o numero de ciclovias. Dar uma estrutura adequada para a prática do ciclismo. Fazer palestras e ações nas Escolas, para incentivar desde cedo o uso das bikes. Melhorar a segurança, o que incentiva as pessoas a saírem de casa com suas bicicletas. Aumentar o número de “estacionamentos” de bike.

EZEQUIEL NEITZKE – ezequiel@jornalahora.inf.br

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