Pesquisa, desenvolvimento e Inovação para alavancar negócios

Opinião

Cíntia Agostini

Cíntia Agostini

Vice-presidente do Codevat

Assuntos e temas do cotidiano

Pesquisa, desenvolvimento e Inovação para alavancar negócios

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

A Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) pode ser aquela que melhor contribui para romper ciclos viciosos e possibilitar melhores condições aos negócios e à sociedade. No entanto, para esta se tornar viável, devem acontecer investimentos em pesquisas e em desenvolvimento de produtos, processos e serviços inovadores, sejam estes incrementais ou disruptivos.
Apesar disso nos parecer claro, muito deve ser feito no mundo e no Brasil. Na construção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), que se tornaram compromissos assumidos por quase a totalidade de países no mundo, um dos grandes objetivos é atentar para “A indústria, inovação e infraestrutura” e, dentre tantos indicadores que devem ser medidos, no Brasil já monitoramos dois que indicam parte do que estamos tratando aqui neste pequeno artigo.
Um destes indicadores reflete os investimentos que o setor privado têm feito em pesquisadores no próprio setor. Aqui não tratamos de investimentos em universidades, até porque 60% dos investimentos em pesquisas nas universidades são financiadas pelo setor público ainda. Aqui tratamos de pesquisadores que as empresas contratam para atuar em seus negócios e que nos anos 2000 eram 298 pesquisadores por milhão de habitantes e, em 2014, são 888 pesquisadores por milhão de habitantes.
Outro indicador associado a este é o percentual de investimentos de recursos privados em P, D&I com relação ao PIB brasileiro, que, nos anos 2000 era de 1,05% e, em 2015, passou a ser 1,28% do PIB. Os dados brasileiros estão muito aquém de inúmeros países nos quais o setor privado investe em P,D,&I, no entanto, as informações aqui trazidas demonstram a clara percepção de uma “virada de chave”, na qual temos cada vez mais empresas e empreendedores percebendo as potencialidades de qualificar seu corpo técnico, definir setores ou grupos que se dedicam em tempo integral à investigação e à inovação, e que despendem recursos para levar adiante seus projetos.
Temos clareza de que diversos aspectos devem ser tratados quando se trata de P,D&I, mas vivemos um momento profícuo, de percepção social, de mudança de cultura, de engajamento e de que, sim, temos algumas empresas investindo em inovação, mas essas já são as poucas boas parceiras e que os resultados destas irá demonstrar as potencialidades para as demais. Investir em P,D&I exige criatividade, proatividade, aceitação do risco, muito engajamento e “mente aberta”, maximizam as possibilidades do setor privado inovar cada vez mais. Claro que muitos projetos não darão certo, mas outros tantos poderão ser as grandes inovações de muitas das nossas empresas e possibilitarão a alavancagem de tantos outros negócios.

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