Nem o VAR salva

Opinião

Caetano Pretto

Caetano Pretto

Jornalista

Colunista esportivo.

Nem o VAR salva

Por

Gustavo Adolfo 1 - Lateral vertical - Final vertical

Sou um grande defensor do VAR. Fiquei animado quando a tecnologia foi anunciada no Brasil. Na teoria é uma maravilha. Já li os protocolos e regras e sempre que ouço alguém esbravejando contra ele, tento defendê-lo. Mas confesso que desconsiderei um fator, e no fim ele é o preponderante: o árbitro. De que adiante ter um sistema que serve para deixar o futebol mais justo, se o juíz continua errando? Enquanto nossos árbitros não estiverem plenamente preparados, erros crassos com os do final de semana continuarão acontecendo.


 

Brasil na Ásia

Houve um tempo em que se falava que a CBF era o “Brasil que deu certo”. Esse tempo se foi, e assim como o nosso país, a Confederação Brasileira de Futebol está longe de dar certo. Não preciso nem falar dos dirigentes corruptos, muitos já presos. Foram duas as palhaçadas recentes. A primeira já estava anunciada, mas ocorre hoje. Um jogo da Seleção Brasileira, em Singapura, numa manhã de quinta-feira. O menor dos males é o adversário, Senegal tem uma boa equipe e pode fazer um bom jogo. Pena que quase nenhum brasileiro irá ver a partida.


 

Nada novo para 2020

O segundo problema é ainda pior. A CBF havia anunciado que o calendário do futebol para 2020 iria passar por reformulações, e que a maior delas seria a ausência de jogos durante as datas FIFA. Pois bem, na última quinta-feira, 2, a Confederação divulgou o calendário para o próximo ano, e para a surpresa de quase ninguém, não cumpriu com o que havia prometido. Além de prever jogos do Brasileirão e Copa do Brasil no dia seguinte aos jogos de Seleções, desconsiderou a Copa América como data FIFA. Ou seja, no ano que vem, os times brasileiros continuarão desfalcados para que os atletas sirvam a Seleção. E assim cada vez mais o brasileiro vai se distanciando da amarelinha.


 

Dica cultural

Para cada viagem, um só destino: o futebol. A partir deste mote que se desenvolve o livro “11 Cidades”, de Axel Torres. Jornalista de renome na Espanha, Torres conta suas histórias pelo mundo afora, sempre traçando um paralelo entre as cidades, clubes e competições na qual trabalhou. Ao longo do livro, sai de sua cidade natal Barcelona e passa por grandes catedrais do esporte, como Munique e Londres.


 

CAETANO PRETTO – caetano@jornalahora.inf.br

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