Os gaúchos exigem  estradas melhores

Opinião

Edson Brum

Edson Brum

Único deputado estadual do Vale do Taquari

Assuntos do cotidiano e política

Os gaúchos exigem estradas melhores

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Bélgica, Áustria, Dinamarca, Noruega e Suíça estão entre os melhores lugares do mundo e para se viver e servem como referência em termos de qualidade nos serviços públicos. São mais antigos, têm mais dinheiro, é verdade. Mas uma outra característica os nivela. Lá, ideologia e função de Estado não se misturam. Em boa medida, este é um dos grandes problemas do Brasil, em especial do Rio Grande do Sul, e afeta desde as linhas mestras do nosso desenvolvimento quanto as questões mais imediatas do cotidiano, como acontece no caso das péssimas condições das estradas gaúchas. É natural que os contribuintes exijam uma mudança rápida e efetiva.
 
A Empesa Gaúcha de Rodovias (EGR) foi criada no governo Tarso Genro por um capricho ideológico. No momento em que o a administração estadual já chapinhava em dívidas impagáveis, com uma folha de pagamento insustentável, sem qualquer capacidade de investimento, o Poder Executivo criou uma estrutura fadada ao fracasso, tornando a máquina pública ainda mais pesada. Hoje, é alto o preço que pagamos por essa irresponsabilidade.
 
Cada vez mais, não me arrependo de não ter votado pela fundação da EGR. Quando estavam sob responsabilidade da iniciativa privada, as condições de conservação das nossas rodovias estaduais eram muito melhores. Agora, continuamos pagando pedágio, mas tendo em troca péssimos serviços. Os trabalhos de manutenção são ineficientes, há desníveis perigosos entre as bandas de rodagem e não foram construídas terceiras pistas. Nunca aconteceu, por exemplo, a duplicação do trecho entre Venâncio Aires e Muçum. Há centenas de buracos, o que aumenta em muito o risco de acidentes graves, sem contar os danos aos veículos. Os serviços de ambulância e guincho, tão importantes, se tornaram precários.
 
Direita ou esquerda, Estado máximo ou mínimo, tudo é questão de ponto de vista e até de convicção ideológica. Mas contra os fatos e os números não se pode lutar. O governo não tem a mínima condição de manter as nossas estradas e, muito menos, de melhorar e ampliar a malha rodoviária. Defendo que levantem imediatamente as cancelas de pedágio e a devolução do comando das rodovias estaduais a quem possa promover contrapartidas justas.

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