O delegado responsável pela 19ª regional da Polícia Civil no estado, José Romaci Reis tomou posse ontem à tarde. A cerimônia de posse foi ontem à tarde no teatro do Ceat. Reis defendeu a importância de que o poder público atue de forma integrada no combate à criminalidade.
“Tenho a convicção de que para levar a cabo um trabalho adequado na região, será de suma importância a integração de todos os órgãos que compõem a segurança pública, bem como Ministério Público, Judiciário, Susepe e IGP, além das prefeituras e câmaras de vereadores”, afirmou.
Presente no evento, a chefe da Polícia do RS, Nadine Anflor, afirmou que Lajeado não está entre as 18 cidades mais violenta do estado, que serão prioridade da atuação da Segurança Pública ao longo de sua gestão. “Nossa prioridade será o eixo da criminalidade, que são 18 municípios que foram elencados no projeto RS Seguro. Lajeado não está entre estes municípios, mas não quer dizer que não terá aporte de servidores.”
Nadine comentou outros temas, como a defasagem no quadro de agentes da polícia, a instalação da Draco em Lajeado e os objetivos de sua gestão à frente da polícia gaúcha.
Draco não está garantida para 2019
A instalação de uma Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (DRACO) foi tema das falas tanto do delegado regional como da chefe de polícia.
Reis demonstrou otimismo em relação à criação da unidade em Lajeado. “Era uma de nossas metas a instalação imediata da Draco, capacitando servidores para atuarem nos crimes de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, latrocínio, extorsão mediante sequestro, dentre outros de elevado potencial ofensivo. Isso já é uma realidade.”
A chefe de polícia, porém, afirmou que o tema será debatido no segundo semestres deste ano. A intenção da cúpula da Polícia Civil é que a delegacia entre em funcionamento ainda este ano. Entretanto, Nadine prefere não fazer previsões.
“A Draco de Lajeado vai ser aberta sim, mas esta é uma conversa para o segundo semestre de 2019. Como gestores, temos que ser responsáveis de não abrirmos portas sem poder bem atender à comunidade”, definiu. No papel, a delegacia já existe. Entretanto, ainda não há efetivo garantido para a Draco, esta é uma das questões que dificulta a viabilização do projeto.
Menor efetivo da história
Atualmente, a Polícia Civil gaúcha conta com um efetivo de pouco mais de 4800 servidores. De acordo com o setor de administração da corporação, o ideal seria no mínimo nove mil, quase o dobro. A chefe da polícia civil afirmou se tratar do menor efetivo da história da instituição. Em julho, se formar 420 agentes que estão na academia. Há outras 1,2 mil aprovados em concurso aguardando chamamento. A meta do comando é formar mais 400 policiais no ano que vem.
MATHEUS CHAPARINI – matheus@jornalahora.inf.br
