Medalha para ela

Comportamento

Medalha para ela

Realizando trabalhos voluntários desde a infância, lajeadense recebe distinção sulbrasileira do Lions Clube

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Com o exemplo dos pais que Maria Cecília Maciel da Rocha, 83, se inspirou em ajudar o próximo. Voluntariando praticamente desde o berço, ela relembra os tempos em que era ainda uma menina e ajudava a organizar uma farmácia comunitária na casa da família. Entre cestas básicas e auxílios de emergência, ela aprendeu logo cedo sobre a importância de servir ao próximo e à comunidade.
 
Membro do Lions Clube de Lajeado há décadas, Maria Cecília se engajou dentro e fora do clube com as causas do próximo. Como reconhecimento, recebeu na última semana, 27, em uma convenção sulbrasileira dos clubes de Lions uma medalha de distinção pelo serviço prestado às comunidades. O prêmio Branca Fajardo, que foi entregue em Canela, pode ser concorrido por cerca de quatrocentas mulheres do sul do país.
 
Integrante ativa do clube, Maria Cecília já passou por todos os cargos da diretoria, foi presidente de divisão, de região e chegou a ser governadora da entidade, visitando e apoiando o trabalho de todos os clubes do Rio Grande do Sul. “Descobri e aprendi muitas coisas em toda essa trajetória. Os clubes fazem coisas maravilhosas, desenvolvem projetos incríveis e fazer parte disso foi uma experiência espetacular”, agradece.
 

Servir, ajudar

Refletindo sobre a sua vida antes e depois do Lions, a professora aposentada afirma que ajudar as pessoas ficou mais fácil quando se viu em um time de pessoas dispostas a trabalhar. “Em primeiro lugar, participar de um clube filantrópico, seja qual ele for, acaba por aguçar o nosso sentido de enxergar as necessidades alheias. E a parte mais gratificante é saber que se tem suporte e meios para ajudar de verdade quem precisa e elevar a autoestima daqueles que estavam desassistidos”, declara.
 

Força feminina

A distinção honrosa, recebida por Maria Cecília no último fim de semana, passou por algumas transformações ao longo do tempo nos clubes. Criada em homenagem a Branca Fajardo, primeira mulher brasileira a participar do Lions Clube, a medalha inicialmente era entregue sem critérios para qualquer mulher que os governadores decidissem homenagear. Realidade que mudou a partir do ano 2000, quando o distrito múltiplo formado por Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná decidiram modificar as regras e entregar o prêmio apenas para três mulheres da região sul por ano.
 
Em um dos critérios, as candidatas devem ter em seus currículos trabalhos voluntários dentro e fora dos já realizados em conjunto ao Lions Clube. Entre os feitos de Maria Cecília está a participação por mais de vinte anos em grupos católicos de catequese, de encontro de casais e de liturgia. A vencedora também foi conselheira tutelar voluntária de Lajeado, participou do conselho deliberativo do bairro Moinhos, foi uma das fundadoras da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Lajeado e participou do grupo Amigos do HBB, prestando assistência a pacientes do SUS.
 
Maria também integrou o Conselho da Comunidade para Assistência dos Apenados, trabalhou para a Saidan, foi Companheira Solidária e fez doação ao Lions Internacional, angariando o título de Companheira Melvin Jones. “Para mim, notar o próximo e ajudá-lo com ações concretas e de coração é o mais nobre sentimento que existe. E no fim, além de prestar auxílio, isso tudo se reverte para mim como uma grande satisfação pessoal”, declara.

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