“O maior desafio é você mesmo”

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“O maior desafio é você mesmo”

O bombeiro Alexandre Böhmer, 29, divide o tempo com o trabalho e os treinamentos de triathlon. • Como o triathlon entrou na sua vida? Desde que parei de jogar futebol profissional, tenho por costume treinar. Natação, treino há quatro anos…

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“O maior desafio é você mesmo”

O bombeiro Alexandre Böhmer, 29, divide o tempo com o trabalho e os treinamentos de triathlon.
• Como o triathlon entrou na sua vida?
Desde que parei de jogar futebol profissional, tenho por costume treinar. Natação, treino há quatro anos para trabalhar como guarda-vidas no litoral. O ciclismo nunca treinei, eram apenas pedais curtos. Durante a Operação Verão 17/18, comecei a conversar com colegas e fui materializando a ideia de iniciar no esporte.
• Como foi a experiência nessa primeira prova?
Sensacional. Por ser uma prova de nível nacional a estrutura era excelente. Nessas provas, a vibração dos competidores é diferente, é contagiante. Atletas de vários locais, fora do estado, de várias idades, com equipamentos excelentes. O objetivo era completar a prova, já que era a primeira, e não saberia como meu corpo ia reagir nas três modalidades. Dosei na natação, tentei fazer um pedal constante e daí na corrida dei um gás final, mais forte.
• Qual a sensação de praticar?
É muito boa. Na minha profissão, tenho que manter uma atividade física constante, e o triathlon colabora com isso. Estou iniciando no esporte, e pretendo evoluir cada dia mais.
• O que é mais difícil: correr, pedalar ou nadar?
Posso dizer que o difícil, pra mim, é a transição. Sair de uma modalidade para outra. Separadas, é tranquilo, mas sair de uma direto para a outra, no menor tempo possível, é diferente. E essa é uma das emoções desse esporte. Hoje, me vejo mais evoluído na corrida.
• Qual o maior desafio que enfrentou?
Pedalar não é meu forte. Aí pegar uma prova em Tramandaí em um dia de vento foi complicado. Mas o maior desafio é você mesmo. É teu corpo cansar e tua cabeça não deixar ele parar. É se motivar a cada volta dada no circuito, contando uma a menos para o final. É ver tua esposa no lado de fora te incentivando, e saber que não está sozinho. Cada braçada, cada pedalada, cada passada, tem o peso dos teus familiares que estão torcendo por ti.
• Como o esporte ajudou no seu trabalho?
Sempre fui de praticar algum esporte. Musculação, treinamento funcional, corrida, natação, e isso sempre auxiliou no serviço. Quando estou trabalhando no litoral, tenho que estar bem fisicamente para chegar o mais rápido possível em uma vítima que vier a se afogar no mar. No quartel, na atividade de bombeiro, quando nos deslocamos para um incêndio, por exemplo, só em EPIs são aproximadamente 30kg. Então já por gostar, e por meu trabalho exigir do meu condicionamento, tento manter uma rotina de treinamentos para poder fazer um bom trabalho.

Ezequiel Neitzke: ezequiel@jornalahora.inf.br

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