Buracos expõem riscos aos condutores

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Buracos expõem riscos aos condutores

Moradores do Moinhos pedem por capeamento asfáltico na rua Carlos Spohr Filho faz pelo menos cinco anos. Governo promete solução para o início de 2019

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Buracos expõem riscos aos condutores
Lajeado

Faz cinco anos que os moradores do bairro Moinhos clamam por capeamento asfáltico na rua Carlos Spohr Filho. Para quem é motorista, como Evandro Sturmer, 55, o prejuízo é ainda maior. Segundo ele, devido à quantidade de buracos no trecho, a cada mês, é necessário fazer uma troca de pneu.

“O governo só faz remendo. O certo seria arrancar esta ‘coisa’ velha e colocar tudo novo”, protesta. Ainda conforme Sturmer, em parte das vezes em que a prefeitura fez o serviço de “tapa-buraco”, eram dias chuvosos.

“Assim não resolve nosso problema. Isso é serviço de formiga, não de prefeitura”, critica.

Pedro Sudbrack

Tráfego

A presença de grandes indústrias na rua Carlos Spohr Filho fez com que gradativamente surgisse uma “rodoviária não oficial”, como aponta o morador Paulo Sudbrack, 80. Por pelo menos três vezes ao longo do dia, se abarrotam diversas lotações na rua, causando congestionamento no trânsito.

“Olha, tem vezes que tem mais de dez ônibus. Aí ninguém sobe ou desce a rua. Isso aqui virou uma saída oficial da cidade”, conta.

Morador da localidade faz 11 anos, Sudbrack relata ter a impressão de ter visto as mazelas da Carlos Spohr Filho brotarem em frente à sua casa.

“Que a cidade não cresceu de forma planejada, a gente até entende. Mas, agora, ninguém tomar providências cabíveis, isso sim preocupa”, pondera.

A cada 20 segundos, um veículo sobe e outro desce na rua. O barulho de caminhões que descarregam produtos nas indústrias, a fumaça dos ônibus e a falta de fiscalização de velocidade ecoam pela janela de Sudbrack e do filho Carlos, 40.

“Isso deveria ser mão única. Não tem cabimento esse caos no trânsito que é essa rua. Ou deveria só subir, ou só descer. A gente não consegue nem estacionar o carro na frente de casa porque tem gente dirigindo a 80 km/h. Imagina se alguém bate no meu carro o prejuízo que vai ser”, desabafa.

Vizinho de Sudbrack, o aposentado Pedro Valentin, 59, enfatiza a sugestão de mão única na rua e propõe que a prefeitura reflita sobre a viabilidade para carga e descarga nos fundos da indústria, e não mais pela Carlos Spohr Filho.

“Do jeito que está não dá mais.”

Buracos são risco a quem trafega pela principal rua do bairro Moinhos

Buracos são risco a quem trafega pela principal rua do bairro Moinhos

Imbróglio

“Tem mais problemas aqui”, adianta o industriário Joseli Steffler, 42.

Outra queixa dos moradores fica por conta do descuido com as calçadas. Desnível, buracos e pedaços de pedra quebrada se mostram como verdadeiras barreiras aos pedestres que por ali passam.

“A rua é muito movimentada. Passa muito veículo e muita gente. Deveriam cuidar melhor dessa calçada. Alguém pode acabar se machucando”, diz o auxiliar de produção João Maria da Silva, 49.

Previsão da obra

Providências

Uma licitação para capeamento asfáltico na rua Carlos Spohr Filho já foi publicada no Diário Oficial. A obra prevista se estende da rua Padre Theodoro Amstadt até a Presidente Castelo Branco. O orçamento previsto, de acordo com o coordenador de Projetos Especiais da Prefeitura de Lajeado, Isidoro Fornari, é de R$ 700 mil. A previsão é de que o capeamento asfáltico ocorra no início de 2019.

Indagado pela reportagem sobre uma eventual via de mão única na Carlos Spohr Filho, Fornari aponta que não seria possível.

“Como faço para ir e voltar daquelas indústrias? O que prevemos para o futuro é o alargamento da rua, passando de 14 para 30 metros”, explica.

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Cristiano Duarte: cristiano@jornalahora.inf.br

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