Leilão estabelece tarifa de R$ 4,30

Vale do Taquari - VOLTA DOS PEDÁGIOS em 2020

Leilão estabelece tarifa de R$ 4,30

De Porto Alegre a Tio Hugo, BR terá quatro praças. A concessão de quatro rodovias gaúchas à iniciativa privada foi vencida pelo grupo CCR. O leilão do governo federal que repassa as BRs 386 (entre Canoas e Carazinho), 448 (Rodovia do Parque), 290 (Freeway) e 101 ocorreu nessa quinta-feira. Ao todo, serão sete novas praças no RS. O início da cobrança nas estradas federais gaúchas está previsto para março de 2020. Para a viagem de Lajeado a Porto Alegre, o motorista terá de pagar duas tarifas, uma em Paverama e outra em Montenegro

Leilão estabelece tarifa de R$ 4,30
Vale do Taquari

Está definida a empresa responsável pela gestão de trechos de quatro rodovias federais nos próximos 30 anos. O Grupo CCR venceu nessa quinta-feira, 1º, o leilão promovido pelo governo federal para a concessão das BRs 386 (entre Canoas e Carazinho), 448 (Rodovia do Parque), 290 (Freeway) e 101. Serão implementadas sete novas praças de pedágio no RS.

A partir de março de 2020, quem passar pela praça de Paverama, na Estrada da Produção (km 375), terá de pagar R$ 4,30. O preço será o mesmo nos outros três pontos da 386 que serão tarifados, Victor Graeff (km 203), Fontoura Xavier (km 260) e Montenegro (km 424), bem como nas praças de Gravataí, na BR-290, Três Cachoeiras e Santo Antônio da Patrulha, na BR-101.

O contrato será assinado em janeiro. A concessão prevê investimentos de cerca de R$ 7,8 bilhões, sendo R$ 53 milhões para estudos e pesquisas de desenvolvimento tecnológico e R$ 31 milhões para segurança viária, com programas de prevenção a acidentes e educação no trânsito. A empresa ainda terá custos operacionais de R$ 5,6 bilhões em conservação, operação e monitoramento.

A proposta inicial da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) era de R$ 13,54 em uma praça que seria construída em Fazenda Vilanova. O valor de R$ 4,30 para todas as praças consiste na tarifa básica referente a julho de 2018. Quando começar a cobrança, haverá reajuste conforme a taxa Selic. O preço ainda varia conforme o número de eixos do veículo.

Concessão prevê duplicação da BR-386, de Lajeado a Carazinho, no período de 2021 a 2030

Concessão prevê duplicação da BR-386, de Lajeado a Carazinho, no período de 2021 a 2030

Compromissos

A vencedora do leilão terá que duplicar de forma integral o sistema denominado Rodovia de Integração do Sul (RIS), que abrange uma extensão de mais de 225 quilômetros das quatro vias, até o 18º ano do prazo da concessão.

Estão previstos também a construção de 78,8 quilômetros de faixas adicionais para ampliação da capacidade, 85 novos dispositivos de interconexão, 32 passarelas de pedestres, 75,5 km de vias marginais, 59 melhorias em acessos e a iluminação nas travessias urbanas e nas vias marginais.

Conforme o calendário estabelecido pela ANTT, o Grupo CCR deverá efetuar as primeiras intervenções, como tapa-buracos, reparos emergenciais e melhorias de sinalização e colocação de taxas refletivas já em 2019. Recapeamento de trechos e reforma estrutural de passarelas e viadutos estão previstos até 2023. O trecho entre Lajeado e Carazinho deverá ser duplicado de 2021 a 2030.

Infográfico Pedágios na BR - 2018

Surpresa positiva

A presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Cíntia Agostini, afirma que o valor de R$ 4,30 surpreendeu os integrantes do órgão, que não esperavam um valor abaixo de R$ 5. Das cinco propostas das empresas participantes do leilão, três ficaram abaixo de R$ 5.

Segundo Cíntia, a “grande tarefa” dos líderes regionais agora é acompanhar o cumprimento dos termos do contrato para investimentos na rodovia. Para ela, o preço abaixo do esperado resulta da mobilização da sociedade quando a primeira proposta foi exposta, a revisão técnica do projeto e o trabalho do Tribunal de Contas da União (TCU).

“Não é o ideal, mas ficou uma tarifa muito mais adequada em relação ao que nos foi apresentado pela ANTT no início do ano passado. Vai repercutir menos nos custos de produção e, em médio prazo, diminuirá o custo logístico, já que teremos uma rodovia em melhores condições de trafegabilidade”, avalia.

Alexandre Miorim: alexandre@jornalahora.inf.br

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