Aos 60 anos de idade, Luiz Egon Richter recebeu o título de Cidadão Lajeadense, conferido pelo Legislativo nessa terça-feira, como mérito pelo seu trabalho no município.
Segundo o vereador Ildo Salvi, a homenagem busca reconhecer pessoas que fazem mais do que sua função como cidadãs, e Richter é uma delas. “Ele sempre levou o nome de Lajeado em suas ações, fazendo questão de dizer que vive aqui”, conta o vereador. “Com certeza fez mais do que apenas um tabelião, tendo sido voluntário e dando palestras dentro e fora do país”, lembra.
Natural de Santa Rosa, Richter chegou a Lajeado em 1983 para trabalhar no Registro de Imóveis do município. No mesmo ano, ingressou no curso de Direito na Faculdade de Direito de Santo Ângelo, dando sequência na então Faculdades Integradas de Santa Cruz do Sul (Fisc), hoje Unisc. Formou-se em 1987, especializando-se em Direito das Coisas na Unisinos e em Direito Constitucional na Unisc.
Quatro anos depois da formatura de graduação, já começou a atuar como professor, lecionando na Fates, Univates e na Unisc, onde está ainda hoje, com a disciplina de Direito Administrativo. Além das aulas, ele também é tabelião e registrador em Santa Cruz do Sul, e continua estudando, indo até o município quase todos os dias. “Estou cursando o doutorado em Direito, voltado para políticas públicas na Unisc”, conta.
Entre o profissionalismo, a vontade de fazer o melhor pela comunidade guiou seus passos pela solidariedade, assumindo a presidência da Apae, como voluntário, por dois anos. Além disso, também ministrando palestras para países estrangeiros, Richter sempre procura dar o seu melhor em tudo o que faz.
Entrevista
“Procurei trabalhar pelo bem da comunidade”
Luiz Egon Richter é professor de Direito Administrativo da Unisc faz 28 anos. Começou no Registro de Imóveis de Lajeado em 1983. Neste ano, deixou a cidade, para atuar em Santa Cruz do Sul Totaliza 41 anos de experiência no setor.
A Hora – Qual seu sentimento por receber esse reconhecimento?
Richter – Primeiro foi uma agradável surpresa ser homenageado dessa forma. Isso é um reconhecimento da comunidade lajeadense pelo trabalho prestado, pela forma como eu me inseri no município. Além do meu trabalho, é também um reconhecimento por quem eu sou. Por isso agradeço muito à comunidade, pela forma como ela recebeu a mim e minha família, e pela forma com que fomos acolhidos. Nos sentimos muito bem aqui.
Como foi a sua trajetória até aqui?
Richter – Eu cheguei no município em 1983, para trabalhar no Registro de Imóveis de Lajeado, e de lá para cá, além da atividade que eu desenvolvi ali, fui presidente da Apae por dois anos. Também participei da Câmara Júnior, em um trabalho voluntário pela comunidade. E junto com o Ministério Público e o Judiciário, atuamos fortemente na regularidade urbana, conseguindo regularizar muitos terrenos.
Qual é a marca que está deixando com esse trabalho?
Richter – Eu procurei prestar um serviço voltado para o bem da comunidade. Essa sempre foi uma preocupação minha, e sempre que eu tinha que fazer algo procurei fazer da melhor forma possível. Esse é um lema que eu tenho: “Já que eu vou fazer, então, vou fazer da melhor forma possível”. Eu também dou aulas no cur. em que uma vez por ano vou ao exterior para participar de eventos internacionais, onde faço palestras sobre o direito administrativo.
Bibiana Faleiro: bibiana@jornalahora.inf.br
