E depois de domingo?

Editorial

E depois de domingo?

A encruzilhada sobre os rumos do RS e do país precisa ser ultrapassada após o resultado das urnas, pois foi o caminho escolhido pela maioria. Ainda que difícil de acreditar, a sociedade tem de deixar as desavenças de lado e…

A encruzilhada sobre os rumos do RS e do país precisa ser ultrapassada após o resultado das urnas, pois foi o caminho escolhido pela maioria. Ainda que difícil de acreditar, a sociedade tem de deixar as desavenças de lado e ajudar no fortalecimento da democracia e da cidadania.
Como a disputa eleitoral à presidência da República foi marcada pelo extremismo, a nação deve suplantar os traumas, aceitar o resultado e todos ajudarem a construir um Brasil melhor.
Por mais ufanista que possa parecer, essa é uma necessidade urgente, sob risco de desregular ainda mais o convívio e as instituições públicas. O embate visto durante a campanha, de polarização, em que não houve debate de ideias, contrapontos sobre propostas de governo, apenas “verdades” aceitas ou refutadas de lado a lado, problematiza ainda mais essa esperada paz social.
Na hipótese de os grupos continuarem acreditando serem inimigos, a tendência é de descontrole. Isso a sociedade não pode tolerar. Todos perdem com esse comportamento. Imersas na rede de computadores, opiniões se amontoam em um espectro de baixa análise, de conhecimento e capacidade de estabelecer relações. Cada publicação política se torna um estopim para discussões sem sentido e que pouco agregam à democracia.
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Por esse ambiente abre-se um perigo à nação. Caso os resultados das urnas não sejam aceitos, todo o processo eleitoral poderá entrar em colapso, com impacto direto na jovem democracia brasileira. Na forma como o pleito deste domingo está posto, ao que parece, o Brasil permanecerá longe de uma solução para a crise política e institucional.
Justo nesse aspecto caberá ao vencedor o primeiro movimento para pacificar o país. O presidente do país é o líder máximo da nação, não só dos eleitores que chancelaram a sua chegada ao poder. Ele precisa governar para todos.
Atitudes dessa natureza corroboram a figura do líder. Mostram superioridade moral e ética. Reconhecer que uma eleição não é uma guerra, mas uma escolha da população de uma mesma nação. O adversário político não é um inimigo que deve ser empalado em praça pública.

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