Igreja banca curso de Português para haitianos

Lajeado

Igreja banca curso de Português para haitianos

Comunidade evangélica de Lajeado, em parceria com o Senac, oferecerá curso gratuito de Português para haitianos que trabalham na Stacione Rotativo

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Lajeado

Todos os dias, Esaie Joseph, 27, precisa recorrer ao dicionário, aplicativos de tradução ou, ainda, pedir o significado de certas palavras aos amigos próximos.

Vindo do Haiti para o Brasil faz quatro anos, Esaie trabalha como monitor da Stacione Rotativo de Lajeado faz nove meses.

Não raro, ele relata dificuldades em compreender ou se comunicar com os motoristas que estacionam na área azul. “Têm palavras que ainda não sei como se fala”, conta.

Desenvolvimento

Para ajudar no desenvolvimento profissional de Esaie e de outros sete colegas haitianos que trabalham na Stacione, a comunidade evangélica de Lajeado, em parceria com o Senac, oferecerá um curso gratuito de Português.

“Esse curso vai me ajudar a conhecer as regras gramaticais de português. Logo não vou mais precisar usar o tradutor do celular para conhecer novas palavras”, comenta Esaie.

O objetivo, de acordo com o pastor Luis Henrique Sievers, é acolher os imigrantes e auxiliá-los no processos de integração.

“Com uma melhor comunicação, estas pessoas vão estar ainda mais preparadas para o mercado de trabalho”, diz.

Carlos Hessler

Funcionários exemplares

O gerente-geral da Stacione Rotativo, Carlos Hessler, elogia o serviço prestado pelos haitianos na empresa.

“Não temos preferência por nacionalidade, raça ou religião. Contratamos em cima de um perfil de monitor que estabelecemos para nossa empresa”, conta Hessler.

“Os haitianos têm dado uma excelente resposta em seus serviços de monitor acerca da postura, do compromisso e da produtividade”, completa.

Em curso

O projeto aprovado pela comunidade evangélica de Lajeado está estimado em cerca de R$ 5 mil para oferecer o curso aprofundado de Português aos haitianos.

Roberto Aldonnice

Para a diretora do Senac Lajeado, Etiene Azambuja, a linguagem é fundamental para a inserção dos imigrantes na comunidade local e na vida laboral. “Ficamos muito felizes em contribuir com o desenvolvimento da comunicação dos imigrantes.”

As aulas gratuitas devem iniciar no próximo mês. Inclusive, segundo o pastor Sievers, haverá transporte gratuito para os funcionários imigrantes da Stacione Rotativo irem às aulas – que devem ocorrer no período de 30 dias com pelo menos duas aulas por semana.

“Vejo como uma chance de desenvolver o português e ajudar a compreender melhor essa língua”, comenta o haitiano Roberto Aldonnice, 34, monitor da Stacione.

Segundo ele, no Brasil faz cinco anos, ainda sente algumas dificuldades em compreender o português. Embora saiba falar francês e espanhol – o que facilitou sua comunicação desde que ingressou no país – vê no curso de português uma oportunidade para que ele e seus conterrâneos qualifiquem ainda mais o currículo.

Cristiano Duarte: cristiano@jornalahora.inf.br

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