Contra o crime

Editorial

Contra o crime

A afirmação de moradores de Encantado sobre terem mais sensação de segurança após o funcionamento das câmeras de monitoramento ajuda a entender o anseio da comunidade por uma ação mais ativa e presente das polícias. Nas últimas décadas, em especial…

A afirmação de moradores de Encantado sobre terem mais sensação de segurança após o funcionamento das câmeras de monitoramento ajuda a entender o anseio da comunidade por uma ação mais ativa e presente das polícias.
Nas últimas décadas, em especial a partir do fortalecimento dos grupos criminosos, a temática segurança pública se tornou uma das principais preocupações da sociedade. Assaltos, assassinatos, agressões, furtos e roubos passaram a fazer parte do cotidiano das cidades.
Frente à incapacidade do Estado de reagir com eficácia contra a violência crescente, gestores municipais e a própria sociedade civil buscam saídas para garantir mais segurança. Entre as quais, está o investimento em tecnologia, com a instalação de sistemas de monitoramento.
Esse é um mecanismo válido e importante. Esses movimentos têm crescido pela região. Há câmeras em Lajeado, Estrela e Encantado. Outros municípios, como Teutônia e Santa Clara do Sul, estão com projetos em andamento. Pela forma como se encaminham as instalações, em breve, o Vale do Taquari terá um amplo sistema de cercamento digital.
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As câmeras são importantes para garantir mais possibilidade de ação e reação das forças de segurança. Podem tanto evitar crimes, pelo fato de os policiais na central de monitoramento verem algo suspeito, quanto identificar autores de delitos.
Ferramenta útil, sem dúvida. Por outro lado, precisa estar acompanhada. As carências das corporações policiais passam de governo a governo. Falta de efetivo, precariedade nas condições de trabalho, dos equipamentos e das armas. Associado a isso, uma total ausência de política pública para o sistema penitenciário.
Se hoje a sociedade sente medo devido à incursão das facções criminosas nas comunidades, o motivo principal para esse fortalecimento dos grupos está no distanciamento das autoridades nos presídios. Muitos detentos viram soldados dentro de um organismo criminoso que se espalha em diversas atividades. Passa pelo narcotráfico, pelo roubo e furto de veículos, pelo contrabando e tantas outras áreas de atuação.
Está neste fenômeno em ascensão um dos principais desafios para os próximos governantes. Como pela lei o governo do Estado é o principal responsável pela segurança pública, ficará nas mãos do próximo governador a gerência desse setor. De fato, o RS repete a muitas gestões o mesmo sistema: planos de governo. Nessa repetição, passou da hora de os gaúchos terem um plano de Estado.

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