Com a pele mais à mostra em blusas sem mangas, vestidos e bermudas, a primavera e o verão são conhecidos pela leveza no vestir. Junto à liberdade de não precisar vestir roupas pesadas, chega também a responsabilidade de cuidar melhor da pele, que fica ainda mais exposta ao sol.
De acordo com a dermatologista lajeadense Ana Célia Pisani, os raios solares têm efeito cumulativo na pele e podem provocar desde manchas a sinais e tumores benignos ou malignos.
Mesmo sendo uma indicação já conhecida por todos, vale reforçar que é necessário evitar a exposição solar entre às 10h e 16h, sempre utilizando o protetor solar com FPS 30 ou mais. “O protetor solar ideal deve ter amplo espectro protegendo contra os raios UVA e UVB, ser resistente à água e não irritar a pele. Deve ser usado todos os dias, mesmo quando estiver nublado”, indica Ana Célia.
Protetor ou bloqueador
De acordo com a dermatologista, o protetor solar pode ser físico ou químico. Os físicos se depositam sobre a pele e refletem a radiação, enquanto os protetores químicos absorvem a radiação. Já o bloqueador solar seria um foto protetor com alta proteção UVA e UVB. “Mesmo com tantos benefícios, hoje se sabe que por mais alta que seja a proteção solar nunca há proteção de 100% da radiação UV”, explica. Um FPS 30 pode proteger contra 96,7% dos raios, enquanto com FPS 50, protege 98%.
Hidrate já
“Uma pele bem hidratada está mais protegia contra a escamação, ressecamento, envelhecimento e irritações”, frisa Ana Célia. A hidratação diária é muito importante e deve ser feita com produtos específicos para cada tipo de pele.
Enquanto as oleosas necessitam de hidratantes menos gordurosos, em veículos mais leves, oil free, as peles mais secas precisam de hidratantes mais emolientes e com ativos específicos. Banhos com água não tão quente e alimentação saudável podem proteger a pele do ressecamento. Recomenda-se também uma boa ingestão de água diária.
O meu limite
É preciso saber que cada pessoa tem um limite de exposição solar para que não prejudique a saúde da pele. A exposição ao sol nas atividades diárias deve ser feita com cuidado, de forma gradual, evitando queimaduras. “Algumas atitudes são recomendadas para minimizar os danos da exposição ao sol: evitar expor-se nos picos de maior intensidade da radiação solar, usar roupas e chapéus e, em áreas descobertas da pele, utilizar o protetor solar”, enfatiza.
Pessoas de pele clara, olhos e cabelos claros devem evitar a exposição intensa. O ideal é que não se exponham para o bronzeamento.
Me queimei, e agora?
Conforme a dermatologista, no caso de haver exposição exagerada ao sol com queimadura da pele, há necessidade de avaliação médica. Será determinado o grau de dano na pele para que se possa conduzir o melhor tratamento.
“Queimaduras mais leves necessitam de hidratação enquanto as mais intensas precisam, muitas vezes, de analgésicos e anti-inflamatórios”, alerta.
