Com uma população de cerca de 1,5 mil habitantes, o São Bento é um dos poucos bairros sem academia ao ar live ou área de lazer. Uma estrutura de concreto e uma antena de Wi-Fi chegaram a ser finalizadas em 2016 às margens da ERS-413, entretanto, os equipamentos de ginástica nunca foram instalados.
Valmir de Lima, 53, mora nas proximidades do local. Ele lamenta o gasto de recursos públicos na estrutura ocupada pelo mato e a inexistência de um local para a prática de atividades físicas. “O nosso dinheiro está sendo desperdiçado e continuamos sem a academia”, reclama.
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Outro morador, Elvário Immich, 64, reforça as críticas. Sem um espaço adequado, ele relata que pratica caminhadas na rodovia. “É perigoso. Se tivesse a academia, poderia fazer atividades ali com mais segurança”, acredita.
Dois projetos
O presidente da Associação de Moradores do São Bento, Alceu Weyand, percebe a reivindicação da comunidade por espaços de lazer. Conforme ele, a entidade tem dois projetos para implantação de áreas de lazer no bairro.
Um dos projetos trata da instalação de equipamentos da academia ao ar livre e brinquedos nas proximidades do Mercado Alles Gutt. As negociações com o Executivo estariam avançadas, informa Weyand. Entretanto o A Hora contatou com representantes da administração municipal e não obteve confirmação da obra.
Outro projeto prevê a construção de um parque em um espaço de quatro hectares na rua Décio Martins de Azevedo. Nesse local, já existe um campo de futebol. No passado, haviam até brinquedos, que acabaram destruídos pela queda de uma árvore faz cerca de quatro anos.
De acordo com Weyand, a ideia é limpar a área de terras e instalar novos brinquedos, além de construir uma pista de caminhada.
Relembre a situação
Na edição do dia 20 de janeiro de 2017, A Hora descrevia o imbróglio registrado durante a instalação da academia ao ar livre no São Bento. De acordo com a reportagem, a obra havia sido iniciada em setembro de 2016, entretanto, a academia foi instalada em uma área particular distante 50 metros do espaço público onde deveria ficar.
Na época, o ex-secretário Marcos Salvatori admitiu que houve falha na definição do terreno, mas culpou a Construtora e Incorporadora Imojel por ter indicado o local errado.
O prejuízo foi de R$ 8,6 mil em trabalho feito por uma empresa terceirizada, estimava o atual secretário de Planejamento, Rafael Zanatta. Isso sem contar com os gastos futuros com a retirada da estrutura do terreno particular.
Fábio Kuhn: fabiokuhn@jornalahora.inf.br