Ciclofaixas desaparecem

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Ciclofaixas desaparecem

Governo de Lajeado admite rever o espaço destinado às bicicletas com a finalização do projeto de mobilidade urbana. Enquanto isso, investimentos não devem ser feitos para a manutenção dos 21,5 quilômetros de ciclofaixas. Pessoas que utilizam as faixas já reclamam da pintura apagada

Ciclofaixas desaparecem
Lajeado

Os 21,5 quilômetros de ciclofaixas carecem de melhorias. Esse é um consenso entre as pessoas que utilizam o espaço destinado ao trânsito de bicicletas. A administração municipal reconhece a carência de manutenção, mas informa que apenas serão investidos valores nas faixas após a finalização do plano de mobilidade urbana.

“Não vale a pena destinar mais recursos, se logo teremos mudanças”, justifica o coordenador do Departamento de Trânsito, Vinícius Renner. Ele cita a ociosidade das ciclofaixas como um fator para as alterações. “As faixas são pouco utilizadas. Enquanto isso, temos problemas com a falta de estacionamentos”, comenta.

Coordenador do Departamento de Trânsito, Vinícius Renner fala sobre futuro das faixas

Coordenador do Departamento de Trânsito, Vinícius Renner fala sobre futuro das faixas

Para o coordenador, estimular o transporte alternativo é um desafio no município que tem sete carros para cada nove habitantes. Ele ressalta que o departamento trabalha em uma proposta em que as ciclofaixas estejam em harmonia com o fluxo de veículos. “Tem que ser algo planejado para não gerar brigas de espaço”, finaliza.

Ciclofaixas desaparecem 

As ciclofaixas foram implantadas em 2012 com um investimento de quase R$ 1 milhão. Cerca de um ano depois, o modelo foi questionado. Em outubro de 2013, uma lei autorizou o estacionamento de veículos nas ciclofaixas das 7h30min às 18h (durante a semana) e das 8h às 12h (sábado).

Um trecho de ciclofaixas da rua General Osório, no centro, já foi transformado em estacionamento.

Reclamações dos ciclistas

“O catador José de Couto, 64, percorre diariamente as ciclofaixas de Lajeado e percebe a falta de manutenção. A principal crítica é quanto à sujeira e às faixas apagadas. “As ciclofaixas já estavam melhores. Tem pontos que nem dá para ver qual é o espaço do ciclista”, se queixa.”
José de Couto

“Em tempos de gasolina a quase R$ 5, Luís Carlos Petry, 61, classifica a bicicleta como “o melhor meio de transporte”. Ele reclama da pintura apagada. “Fizeram a pintura não faz muito tempo e já não dá para ver nada. Tem que ser feito com tinta melhor”, opina.”
Carlos Petry

“As ciclofaixas não estão sendo abandonadas. Elas já foram”, manifesta o lajeadense Severino Saenger, 61. Com as pinturas ruins, ele relata que os veículos acabam estacionando com mais frequência no espaço destinado aos ciclistas.”
Severino Saenger

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Fábio Kuhn: fabiokuhn@jornalahora.inf.br

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