Câmara premia estudante por projeto da nova sede

Lajeado

Câmara premia estudante por projeto da nova sede

Pela proposta, construção ficaria na rua Julio May

Câmara premia estudante por projeto da nova sede
Lajeado

O estudante do terceiro semestre de Arquitetura e Urbanismo da Univates, Márcio Bender, foi o vencedor do concurso promovido pelo Legislativo de Lajeado. Ao todo, foram apresentados nove projetos para a construção da sede própria. Como premiação, o estudante recebeu R$ 3 mil.

A nova sede ficará no terreno da antiga praça Mário Lampert, na rua Julio May, uma área de 1,8 mil metros quadrados que pertence à câmara.

Bender projetou um edifício de quatro andares mais um subsolo, onde estão previstas vagas de estacionamento para os vereadores. No térreo, fica a recepção e serviços que a população costuma acessar com maior frequência, como a ouvidoria.

Márcio Bender

O segundo andar é destinado ao plenário, com espaço para 250 pessoas. Ao fundo, uma sala para reuniões entre os vereadores. O plenário tem a fachada translúcida, para passar a ideia de transparência. Nos dois andares superiores, ficam os gabinetes e outros setores da casa como controladoria e jurídico.

Projeto com os pés no chão

Uma das exigências do concurso era que a execução da obra não ultrapassasse R$ 6,5 milhões. O estudante explica que, apesar de ser um bom valor, não havia margem para muita criatividade além das exigências. “Tentei seguir o que foi pedido. Um projeto com os pés no chão, para não passar o orçamento. Não teve muita invenção, nada de supérfluo”, afirma Bender.

A construção foi pensada para ocupar metade do terreno. O restante será ocupado por vagas de estacionamento para o público. Pensado para o futuro, o projeto conta com 22 gabinetes, contando com o aumento da população e, consequentemente, do número de representantes.

A iniciativa foi uma parceria entre a câmara e a Univates.

Presidente defende permuta

O projeto vencedor servirá como referência para um edital que definirá o projeto final a ser executado, o que ainda tem não tem data prevista.

Para viabilizar a construção, o presidente da casa, vereador Ederson Spohr (PMDB), defende a troca de imóveis pertencentes ao município pela execução da obra. Outra possibilidade levantada por ele é a de uma parceria público-privada.

“Temos que fazer uma obra compacta, que fique boa e que possa servir para a câmara de vereadores pros próximos 60, 70, 100 anos”, defende.

Hoje a câmara funciona em um prédio alugado na avenida Benjamin Constant. O custo mensal é de cerca de R$ 20 mil, de acordo com o presidente da casa. “Estamos aqui há quase 20 anos pagando aluguel. Essa obra já poderia estar pronta com o recurso que foi gasto em aluguel”, conclui.

Um sonho antigo

O desejo de construir uma sede própria para o Legislativo não é exatamente novo. O debate iniciou em 2005 e a ideia era construir no terreno da rua Julio May. Na época, foi feito um projeto assinado por nove profissionais então ligados à Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Alto Taquari (Seavat).

Depois, vereadores chegaram a cogitar a compra de três andares no Genes Work e Shop, onde a câmara funciona. Foram debatidas outras possibilidades, como a compra do antigo prédio do Correios e um convênio com o Lions Club Lajeado para construir e dividir um novo prédio.

Matheus Chaparini: matheus@jornalahora.inf.br

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