“Todo mundo tem algo que pode ser compartilhado”

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“Todo mundo tem algo que pode ser compartilhado”

Natural de Pelotas, Leonardo Rickes da Rosa, 22, começou a cursar Medicina na Univates e foi um dos fundadores do cursinho gratuito pré-vestibular VestVates. Ele é professor voluntário, co-criador do blog Auscultando Estórias , participa do projeto E seu sorrir,…

“Todo mundo tem algo que pode ser compartilhado”

Natural de Pelotas, Leonardo Rickes da Rosa, 22, começou a cursar Medicina na Univates e foi um dos fundadores do cursinho gratuito pré-vestibular VestVates. Ele é professor voluntário, co-criador do blog Auscultando Estórias , participa do projeto E seu sorrir, do Rotaract e responde dúvidas no canal Exercitah Questões.
Qual a sua relação com o projeto?
A primeira lembrança que tenho com educação é ajudando alguns colegas no Ensino Médio e na faculdade. Não entrei inicialmente na Medicina, mas na Engenharia. Isso me ajudou muito e levo até hoje a Física e a Matemática dando aulas dessas matérias. Desde lá, já sabia que faria algo na docência. Acredito que a educação é a principal forma de mudarmos a realidade do nosso país. Quando cheguei na Univates e percebi que não havia um projeto pré-vestibular gratuito, pensei: “Por que não tentarmos aqui no Vale?”. Meu colega Lucas Vieira e eu mostramos a ideia para a professora Maria Isabel do curso de Medicina e para o professor Carlos Cyrne, que nos colocou com a Inauã, a Edoarda e a Fernanda. Logo começamos a trabalhar para organizar o projeto.
Como funciona o projeto?
O VestVates tem aulas semanais ministradas por alunos voluntários de graduação e pós-graduação da instituição. É destinado a alunos de escolas públicas que passaram pelo processo seletivo de prova e análise socioeconômica. Somos parceiros do Sistema Poliedro de Ensino que, com o apoio institucional e financeiro da Univates, oferece material de qualidade, apoio digital e simulados mensais para os alunos, sem custo. Por estarmos na faculdade e termos saído há poucos anos do Ensino Médio, acho que a linguagem nos aproxima deles. Uma atividade que tenho feito é ir em escolas para conversar com o pessoal. O retorno tem sido positivo e eu tenho crescido muito como pessoa nesse processo, mas ainda tem muita coisa pra ser feita.
Qual a história que mais te marcou neste tempo?
Tenho algumas histórias legais, mas talvez a que mais me marcou foi um conjunto delas: o retorno dos alunos no ano passado. É muito legar ver o pessoal crescendo, amadurecendo, atingindo os seus objetivos e agradecendo pelo apoio que tiveram. O sentimento de gratidão faz valer as horas de aula, os problemas que surgem e as dificuldades que temos durante o ano. Todo mundo tem algo que pode ser compartilhado.
Você vê crescimento nos alunos do projeto? Quais? E de que forma?
Vejo que muitos alunos amadurecem no percurso. Não queremos deixar eles desassistidos. Acredito cada vez mais que a educação necessita de tutores. O professor não é total conhecedor do conhecimento, ele é um facilitador. O conteúdo está em qualquer lugar, mas o apoio, o direcionamento, o abraço, nem sempre.

Bibiana Faleiro: bibiana@jornalahora.inf.br

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